CHORAI FADISTAS, CHORAI...ANA MARIA DIAS A "FADISTA NEGRA" , FALECEU...
ESTIVE COM ELA NA PASSADA QUARTA-FEIRA DIA 23 PARA LHE MOSTRAR O VIDEO-CLIP QUE LHE TINHA FEITO, GOSTOU IMENSO IMENSO, E LOGO AQUI PUBLIQUEI COM A SUA BIOGRAFIA NO DIA SEGUINTE.
HÁ CERCA DE 10 MINUTOS RECEBI ESTA TRISTE NOTÍCIA, QUE ANA MARIA, TINHA FALECIDO ESTA MADRUGADA, ESTAVA A TRABALHAR NA TAVERNA DEL´REI, SENTIU-SE MAL... E PARTIU... ESTARÁ DECERTO JUNTA COM OS SEUS ENTES QUERIDOS QUE TAMBÉM JÁ TINHAM PARTIDO.
DESCANSA EM PAZ ANA MARIA, FICARÁS NA HISTÓRIA DO FADO
Ana Maria Gonçalves Dias, nasceu em Luanda a 23 de Outubro de 1952 no bairro da Samba.
Desde os 4 anos de idade que foi educada juntamente com portugueses da Metrópole, o que lhe proporcionou não ter sotaque africano, a falar o português, exprimindo-se correctamente, quer oralmente, quer gramaticalmente.
Desde sempre que se lembra da mãe a cantarolar Fados, enquanto fazia as lides da casa, e, naturalmente os temas ficavam-lhe na memória, começando também, a cantarolar com ela.
Tinha 10 anos, foi a um concurso em Luanda, que se realizava no Cinema Restauração, era o programa “Chá das Seis” , tendo ficado em primeiro em 1ºlugar, com apreço e unanimidade.
Por esta altura, estava-se em 1962, estava radicado em Angola, o Maestro Casal Ribeiro, que ao ouvi-la, logo se propôs dar-lhe aulas de canto, ensino e exercício da colocação da voz, que durou cerca de nove anos, mas entretanto, já era muito solicitada para actuar em espectáculos.
Corria o ano de 1975, parte para Portugal, e fixa-se em Santarém. Arranjou trabalho numa sapataria mas continua a cantar o Fado sempre que tem oportunidade.
Integrando-se cada vez mais na na comunidade portuguesa, cedo começa a ser solicitada para cantar em certames com Fado, sendo bastante aplaudida.
Em 1981 vem para Lisboa, foi de imediato contratada por João Ferreira da Rosa, à altura proprietário da Taverna do Embuçado, onde se manteve vários anos. Mais tarde transitou para a Taverna Del-Rei, pela mão de Maria JóJó.
Em 1987 é convidada a ir para o Porto actuar no Mal-Cozinhado, cujo proprietário era o Zé Martinho.
É no Porto que ana Maria conhece quem viria a ser seu marido e de quem teve um filho, era o Joaquim Dias, filho do fadista Manuel Dias.
Volta para Lisboa e após o parto, está uns tempos sem cantar.
Mal se sente em condições, retorna à Taverna Del-Rei, onde se mantém até aos dias de hoje.
Ana Maria ou Ana Maria Dias faz questão de se apresentar como a “Fadista-Negra”
Hoje em dia é usual, os fadistas por acordo dos proprietários das casas de fado, actuam intercaladamente entre umas e outras, razão pela qual, a encontrei numa ida ao Restaurante Típico Guitarras de Lisboa, o que me deu a oportunidade de realizar o vide-clip que se segue, julgo mesmo que será o primeiro que Ana Maria passa a ter no Youtube, filmado e gravado ao vivo, já lá tem um, realizado pela minha amiga “TiaMacheta”, com base em fotos, e como é habitual no que ela faz, está muito bem conseguido.
Vítor Marceneiro
FILMADO EM ALTA DEFINIÇÂO "HD", SE NÃO VIR A JANELA COMPLETA, ACTIVE A JANELA PARA VER EM "ECRAN" INTEIRO
Ana Maria Dias - Fadista Negra
Canta: Zanguei-me como o meu amor
Letra: João Linhares Barbosa
Música: Jaime Santos