FALECEU VÍTIMA DE DOENÇA PROLONGADA O ARTISTA/CANÇONETISTA ANTONIO MOURÃO
PRESTO-LHE A MINHA HOMENAGEM, E REALÇO A DIGNIDADE, COMO SE RETIROU DA VIDA ARTÍSTICA.
A 18 de Outubro de 2013
Nasceu em Sarilhos Grandes - Moita a 5 de Junho de 1935.
Parece destinado a uma vida de operário, mas o seu gosto pelo canto, leva-o a aproximar-se do mundo do espectáculo em Lisboa, como gosta muito de Fado, passa a frequentar os locais onde o mesmo se canta, em especial a Parreirinha de Alfama. Uma noite começa a cantar espontaneamente e foi um sucesso, Argentina Santos logo o contrata.
Mais tarde é contratado pelo fadista Sérgio para actuar na Viela.
Em 1964 grava um disco que é muito tocado na rádio, o que o torna bastante conhecido do público.
Em 1965 no teatro Maria Vitória, estreia-se na revista “E Viva o Velho” e canta o tema «Ó Tempo Volta p'ra Trás», o êxito da canção e da sua interpretação levará verdadeiras excursões de todo o país ao Parque Mayer, tendo a revista lotações esgotadas durante meses. Grava o tema em disco que obtém também um grande êxito e um elevado número de vendas, cantou e gravou outros grandes êxitos como Chiquita Morena, Meu Amor, Meu Amor, etc
De personalidade tímida e reservada, António Mourão será sempre recordado um dos grandes ícones, do Fado da canção e do teatro de revista dos anos sessenta.
Quando abandona o teatro passa a cantar só em espectáculos.
Actualmente está retirado e é residente na Casa do Artista
Poema a António Mourão
por: Carlos Conde
António Mourão - voz de oiro
Que o povo ouve com agrado,
É mais um raro tesoiro
No panorama do fado.
Se na canção é melhor,
Então atingiu o fim,
E é mercê do seu valor
Que hoje sobe ao "Galarim".
P'ra subir mais nada resta
Nesta senda de vai-vens,
Já pôs a canção em festa
E o fado de parabéns.
António Mourão
canta um poema de sua autoria e música de Ferrer Trindade
Aquilo que eu canto é Fado
Video-Clip postado pelo meu amigo Américo no Youtube