De seu nome completo, António Vilar Justiniano dos Santos, nasceu em Lisboa na freguesia de Alcântara a 13 de Outubro de 1912.
Foi um dos actores mais famosos do seu tempo, trabalhando tanto no país como no estrangeiro, nomeadamente em Espanha, França, Itália, Argentina e Brasil. Nos anos 50, tendo sido um dos actores portugueses com maior projecção internacional.
Aos 18 anos, tornou-se actor amador. Em 1931 estreou-se no Teatro Nacional na peça "Romance", é nesse mesmo ano que é descoberto pelo realizador Leitão de Barros que o convidou para um pequeno papel em A Severa o primeiro filme sonoro português.
Continuou a conciliar a sua carreira teatral com a cinematográfica, tendo desempenhado pequenos papéis em Feitiço do Império (1940) e Pão Nosso (1940). Mas o seu rosto só se tornou familiar do público português com a sua prestação em O Pátio das Cantigas (1942), onde desempenhou o papel do guitarrista Carlos Bonito e contracenou com Laura Alves, António Silva, Vasco Santana e Ribeirinho. Gradualmente, tornou-se num dos galãs mais requisitados do cinema nacional: foi Simão Botelho em Amor de Perdição (1943), onde fez par romântico com Carmen Dolores, e em Inês de Castro (1944) encarnou D. Pedro, o Justiceiro.
Personificou Luís Vaz de Camões em Camões (1946), antes de assentar arraiais em Espanha, onde viveu até ao fim dos seus dias. Entre 1946 e 1978, protagonizou perto de 40 filmes castelhanos, dos quais se destacam La Mantilla de Beatriz (A Mantilha de Beatriz, 1946), Reina Santa (A Raínha Santa, 1947), Una Mujer Cualquiera (1949), Don Juan (1950), Alba de América (1951), El Redentor (1957), Muerte Al Amanecer (1959), Comando de Asessinos (Fim-de-Semana Com a Morte, 1967) e Disco Rojo (Sinal Vermelho, 1973). Nesse período, trabalhou também no Brasil, em Guarany (1948), em Itália, onde protagonizou Santo Disonore (Honra e Sacrifício, 1949) e Il Padrone Delle Ferriere (1959), regressou a Portugal para encabeçar o elenco de O Primo Basílio (1959) de António Lopes Ribeiro e filmou esporadicamente em França, participando ao lado de Brigitte Bardot em La Femme et le Pantin (1959). O seu último filme foi Estimado Señor Juez (1978).
Personificando Luiz Vaz de Camões e Contracenando com Brigitte Bardot
Nos anos seguintes, perseguiu o sonho de produzir, realizar e protagonizar um épico sobre Fernão de Magalhães, tendo gasto a sua fortuna pessoal na pré-produção do filme, após as recusas de subsídios governamentais por parte de Portugal e de Espanha. Para esse efeito, conseguiu construir uma réplica duma nau da frota de Magalhães, que foi oferecida à Comissão Nacional dos Descobrimentos Portugueses, após a sua morte, que ocorreu em Madrid a 16 de Agosto de 1995.
A Camara Municipal de Lisboa homenageou a sua memória, dando o seu nome a uma rua da cidade.