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Associação Cultural de Fado

"O Patriarca do Fado"
Quarta-feira, 18 de Fevereiro de 2015

Lisboa cantada... pintando

Ao iniciar a publicar este blog, tive a honra de conhecer o grande artista Mestre Real Bordalo e a sua obra,  que dfesde logo, me autorizou a publicar as suas obras.

As imagens por mim utilizadas, têm, sem sombra de dúvidas, valorizado os temas abordados, o próprio genérico do blog é retirado de uma aguarela  do mestre.

Hoje publico, em preito de hoenagem  a imagem de um bonito quadro a óleo da Praça do Principe Real, e de uma vista de Alfama, conjuntamente com um poema da  autoria de Armanda Ferreira, dobre o pintor.

 

 

 

 

Lisboa - Gosto a saudade

                          (ao Mestre Real Bordalo)

É Alfama, É a Madragoa.

É a varina que passa.

É este cheiro a Lisboa

Que nos prende e nos abraça.

 

                            É o Rossio iluminado...

                            É a Rua do Capelão.

                            É a voz triste do fado

                            Que nos enche o coração.

 

                            É a névoa vinda do rio.

                            É o par de namorados

                            Que se beija ao desafio.

 

É nesta cumplicidade...

É no rigor dos teus quadros

Que pulsa a nossa cidade!

 

Poema de: Armanda Ferreira

 

 

Licença Creative Commons
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, assim como registo na Sociedade Portuguesa de Autores, sócio nº 125820, e Alfredo Marceneiro é registado como marca nacional no INIP, n.º 495150.
publicado por Vítor Marceneiro às 00:00
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Sexta-feira, 24 de Setembro de 2010

FERNANDO PINTO RIBEIRO - Recordado por Armanda Ferreira

Natural da Guarda. Nasceu em 1928. Ao 17 anos vem para Lisboa após completar o Curso Liceal, inscrevendo-se na Faculdade de Direito, cujo curso não chegou a completar. Já em jovem começa a rimar as palavras, nunca deixando de escrever quadras soltas, tendo aos catorze anos escrito, o seu primeiro soneto a que dá o título de “Soneto dos 15 Anos”. 

 Colaborou nas Revistas Flama , Panorama, Páginas Literárias, em Jornais, como Diário de Notícia, Diário Ilustrado e em vários jornais regionais, tendo também sido publicados no Brasil alguns poemas de sua autoria.

 Foi Director da Revista de Letras e Artes “CONTRAVENTO” (1968), da qual só se conseguiram editar quatro números, dado que o seu cariz intelectual e democrático, não podia de deixar de ser amordaçado pela censura.

 Pertence aos corpos sociais da Sociedade da Língua Portuguesa, Sócio da Associação Portuguesa de Escritores, Cooperador da Sociedade Portuguesa de Autores, Sócio da Colectividade Grupo Dramático e Escolar “Os Combatentes”. (Colectividade Popular Centenária)

 Frequenta algumas noites de Fado e fica fascinado com o ambiente da noite fadista, começando sem que se aperceba, a identificar-se com a “expressão fadista” o que apela à sua alma de poeta, começando a escrever alguns fados que desde logo foram bastante elogiados. Compositores de Fado colaboraram, e a qualidade dos seus poemas é tal, que logo houve nomes do panorama musical do Fado que os quiseram interpretar, fadistas como: Ada de Castro, Alexandra Cruz, Anita Guerreiro, António Mourão, António Laborinho António Passão , António Severino, Arlindo de Carvalho, Artur Garcia, Beatriz da Conceição, Branco de Oliveira, Carlota Fortes, Chico Pessoa, Estela Alves, tia e sobrinha, Fernando Forte, Francisco Martinho, Humberto de Castro, Julieta Reis e sua filha Sara Reis, Lenita Gentil, Lídia Ribeiro, Maria Jô-Jô Pedro Lisboa, Lurdes Andrade, Natércia Maria, Simone de Oliveira Toni de Almeida,, Tonicha , Tristão da Silva, Xico Madureira, e outros. No início Fernando Pinto Ribeiro usava o pseudónimo "SÉRGIO VALENTINO".

 Alguns das suas letras para fado mais conhecidos, são: Às Meninas dos Meus Olhos, A Cantiga dos Pardais, Era um Marinheiro, Fado Alegre, Hino à Vida, Nas Ruas da Noite, Bom Fim de Semana, Noites Perdidas, Pensando em Ti, Lisboa vai, Pensando em Ti, , etc.

 Fernando Pinto Ribeiro faleceu em Lisboa a 20 de Fevereiro de 2009

 

 © Vítor Duarte Marceneiro

 

 

Nota: mais sobre o poeta em: http://lisboanoguiness.blogs.sapo.pt/98954.html

   

 

RIMAS DE SAUDADE E DE AMIZADE

 

 À memória de Fernando Pinto Ribeiro, sempre    presente no seio dos seus amigos

 

   

Um ano e meio desde que partiste,  

 Deixando em nosso peito esta saudade  

 Que nos envolve, como um dia triste,

 A quem o sol roubou a claridade.  

 Estarás certamente lá no céu,

 Sobre uma fina nuvem de algodão,  

 A ensinar ao Menino-Deus  

 A rimar estrelas com perfeição.  

E os teus poemas voam pelo espaço,

 Formam grinaldas com a luz do luar,  

Que a Virgem-Mãe colhe em seu regaço

 Como pérolas de um santo colar.

 Um ano e meio desde que partiste!

 Mas permanece em nós esta amizade

 Que nos envolve como, em noite triste,

 Lençol de poesia bordado a saudade!

  

Armanda Ferreira  

22set2010 

 

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Viva Lisboa: Saudoso
publicado por Vítor Marceneiro às 06:11
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Aguarelas gentilmente cedidas por MESTRE REAL BORDALO. Proibida a sua reprodução.