Carlos Alberto Coelho Moreira, nasceu em Lisboa na freguesia de Santa Isabel.
Desde muito jovem, que, na companhia de seu pai, João Batista, começou a frequentar as verbenas com fado, tornando-se tal como o pai grande admirador de Alfredo Marceneiro, não faltando a uma sessão de fados, que, contasse com a participação do grande fadista.
De muito jovem, abraçou a profissão de litógrafo, até que, criou a sua própria gráfica.
Sempre frequentador assíduo dos ambientes fadistas, lisboeta e bairrista, divertido e extrovertido, soube ganhar a simpatia e a amizade das "gentes" do fado, também pela sua grande disponibilidade, que o leva a estar sempre pronto a "fabricar" cartões de visita, cartazes, etc., pelo que quase se poderá dizer, que, em cada fadista, tem um amigo. Considero-o, também, como amigo, amizade que nasceu nas célebres Quintas Feiras de Fado, no "Numero Um ", já na fase da gerência do Vitor e da Nini, depois de, curiosamente, ele já ter sido também amigo de meu pai, Alfredo Duarte Júnior, com quem muito conviveu.
Graças ao Carlos Alberto, conheci o seu sócio Vitor "Joca", natural, como eu, do bairro de Alcântara, que tem um irmão mais novo, de nome Jorge, meu companheiro dos bailaricos e da boémia fadista, nas nossas juventudes, assim como conheci também, e adoptei como amigo, o seu colaborador Alfredo Marques, que, também nos acompanha, nas noitadas de fado.
Deste modo, tenho que confessar a minha gratidão ao Carlos Alberto, e a todo o pessoal da sua gráfica, pela simpatia com que sempre me recebem, e, pela colaboração que sempre me prestaram, pois, foi com eles, que editei o segundo livro sobre o meu avô «Alfredo Marceneiro… os fados que ele cantou» assim como o livro " Recordar Hermínia Silva ".
A vivência fadista do Carlos Alberto, tinha forçosamente que o levar a gravar um fado, no ambiente do fado (de que ele tanto gosta), com tocadores e luzes apagadas, sem qualquer intenção comercial, fado esse que tenho o prazer de aqui apresentar para que se possa "sentir" a alma e raça fadista com que ele canta.
Carlos Alberto canta
Dá Tempo ao Tempo
Autores: Joaquim Pimentel e António Campos
Eu sabia, que ele não se ia ficar, pelos poemas, que, de quando em quando ia dizendo....porque ele é essencialmente fadista.
Parabéns, meu caro Carlos Alberto.
As grandes noites de Fado acontecem quando quem canta, quem toca e quem ouve estão em sintonia, por vezes há algum burburinho, mas quando o Fado acontece tudo se cala.
Foto de Alfredo Marques e Vítor Marceneiro
Numa Quinta-Feira dia 8 de Dezembro de 2001, convidei o Neto do grande poeta Carlos Conde, de seu nome Vítor Conde e seu filho Paulo Conde (autor da biografia de seu bisavô), para irem conhecer o "Numero Um".
Foi uma das noites que houve algum "desentendimento", e o Paulo puxa da caneta e escreve os versos que aqui vos transcrevo, tal e qual como o seu bisavô fazia... e assim nasceu mais um fado.
O "numero um'