Carlos Batista Ávila, nasceu em Angra do Heroísmo em 24 de Junho de 1940.
Desde que nasceu, a música foi sua companheira, o pai tocava guitarra, rabeca e violino. O Carlos tinha um irmão mais velho que aprendia com o pai a tocar guitarra portuguesa, que era o instrumento que ele também queria aprender, mas o pai trocou-lhe as voltas e comprou-lhe uma viola e foi com este instrumento que ele se iniciou.
Com 13 anos, estreou-se a tocar em público ao ser convidado a acompanhar um artista muito conhecido na época, o cantor Guy Fernandes, foi num espectáculo gravado em directo para a Rádio Clube de Angra. Era na altura locutor o famoso João Ávila, que muito o enalteceu, o que contribuiu para que passasse a ser muito solicitado para espectáculos.
Carlos Batista acaba os estudos aos 17 anos e alista-se como voluntário na FAP – Força Aérea Portuguesa. Enviado para o continente para a base da Ota, tira o curso de Técnico de Material Aéreo.
Logo decide que nunca virá a ser profissional da música, a FAP, para além da segurança e estabilidade de vida é também a sua vocação, mas continua a tocar e vai descobrindo novos estilos e ritmos, começa a tocar violão, em 1962, é convidado a actuar com o Trio Odemira, esteve com estes cerca de um ano. Entretanto, foi mobilizado para Moçambique, e nesta comissão de serviço não deixou de actuar nas festas da rapaziada, em sessões de Fado, haviam muitos a tocar viola, então arranja uma guitarra e como já tinhas umas “luzes” do instrumento, por via do pai e do irmão, passa a ser o guitarrista presente.
Regressa à metrópole em 1964 e é colocado numa base na região do Porto.
Solicitou horários compatíveis e inscreve-se no conservatório onde tira o mestrado de guitarra clássica, foram seus professores o argentino Óscar Flecha e suíço Olasso.
Pede para ser colocado na sua terra natal, em serviço na Base das Lajes.
Novamente com anuência do comando consegue conciliar os horários e concorre para professor de guitarra clássica no Conservatório de Angra do Heroísmo, onde se manteve de 1990 a 1999.
Gravou alguns discos e acompanhou muitos fadistas que vindos do continente. destacando, Toni de Matos, Cidália Moreira, e muitos outros, entre eles, eu próprio tive a honra de ser acompanhado por ele na minha actuação, na Universidade dos Açores e no Clube de Sargentos da Base das Lajes.
Actualmente já reformado é dos músicos mais solicitados para para actuar em espectáculos de Fado.
Vítor Marceneiro