Carlos Ramos Canta "Biografia do Fado"
Letra e Música de Frederico de Brito
CARLOS RAMOS
Nasceu no bairro de Alcântara a 10 de Outubro de 1907, e faleceu em Novembro de 1969.
Desde muito novo corria os locais do seu bairro, Alcântara, onde houvesse fadistices sempre acompanhado pela sua guitarra, para alinhar na fadistice .
Torna-se profissional em 1944 pela mão de Filipe Pinto e estreia no Café Luso com uma letra do repertório de Alfredo Marceneiro, "Senhora do Monte" com música deste, e letra de Gabriel de Oliveira, foi decerto este fado que logo no inicio mais contribui para a sua popularidade, e lhe deu mais nome, o próprio criador do tema, Alfredo Marceneiro o aplaudiu nessa exibição sem qualquer rivalidades, eram dois bons amigos.
Carlos Ramos, não prescindindo dos acompanhadores habituais acompanhava-se sempre tocando a sua guitarra.
Foi como guitarrista muito solicitado no Teatro de Revista.
Trabalhou na Tipóia e na Tágide.
Carlos Ramos, era um homem afável, de espírito aberto e gentil, teve e tem grandes admiradores, criou um estilo muito próprio que fez escola, tem muitos seguidores do seu vasto repertório e do seu estilo, tinha uma voz doce, atraente e sedutora, exprimindo ao cantar tal sentimento, que tudo aquilo que dizia era Fado.
Foi proprietário de um restaurante típico no Bairro Alto a que deu o nome de: A TOCA DE CARLOS RAMOS., que foi frequentada por toda as gentes do Fado quer artistas, quer clientes, destaca-se dos seus contratados, Alfredo Marceneiro e Maria do Espírito Santo.
Relembremos alguns dos seus êxitos: Não Venhas Tarde. Aquela Feia, Café de Camareiras, Chinelas da Mouraria, O amor é louco, Lisboa é Sempre Lisboa, Biografia do Fado, Anda o Fado noutra Bocas, Tempos Antigos, etc .
Compôs uma música para um fado a que deu o título "Fado Olga"
Tem bem um lugar na História do Fado de dos fadistas.

Carlos Ramos e Alfredo Marceneiro
Se há fadista que deva ser lembrado, Carlos Ramos é um deles, este ano em que se comemora o "Centenário do seu Nascimento", espero que se faça algo de digno.
Já tarda uma justa homenagem da sua Cidade ou Freguesia, dando o seu nome a uma rua.
Tive a felicidade de há pouco conhecer o seu neto, que se sente com é normal angustiado com a falta de gratidão do "Mundo Fadista", nomeadamente os imensos imitadores e utilizadores da sua escola e repertório.
Neste blog peço como ajuda que me visitem, façam criticas se acharem necessário, mandem-me letras de Lisboa para que possamos por "LISBOA NO GUINESS "
Permitam-me mais um pedido que será talvez uma forma de pressão, a quem de direito (como sabem destas coisas de Fado, os outros, os tais é que decidem), assinem nos comentários desta página, deixem a vossa opinião, será uma grande ajuda.
Obrigado amigos.
Obrigado Carlos Ramos pelos belos momentos que nos proporcionou .
VAMOS HOMENAGEAR CARLOS RAMOS NO CENTENÁRIO DO SEU NASCIMENTO
Um Abraço Fadista
Vítor Marceneiro
GAIVOTAS
Repertório de Carlos Ramos
Letra e música de : Alves Coelho Filho
Um bando de gaivotas maneirinhas
Voando em voos francos,
Por entre os mares e os céus;
Agitam suas asas tão branquinhas,
Lembrando lenços brancos
A dizerem adeus;
E sempre por capricho original
Essas gaivotas vão
Até ao fim da rota;
E d´hora a hora no mastro real
Sem luta sem questão
Descansa uma gaivota!
Estribilho
Gaivotas
Mensageiras sem ter par,
Que levam de Lisboa
Saudades para além mar;
Gaivotas
Que voando sempre à toa
Nos trazem d´além mar
Saudades para Lisboa !
Voando sem cansaço, sem fadiga,
Acompanhando as naves
Lá vão cumprindo a lida;
Dos velhos marinheiros, há quem diga,
Que essas mesmas aves
Regressa à partida
Por isso as gaivotas maneirinhas
Voando em voos francos
Por entre os mares e os céus;
Parecem lenços brancos
A dizerem adeus !
