Daniel Gouveia, nasceu em Lisboa, na freguesia de Arroios, em 1943.
Frequentou a Faculdade de Letras de Lisboa, até ao 3º ano do curso de Românicas.
Embora não tenha acabado o curso, tem uma tendência natural para a escrita, e nunca deixa de nos surpreender com a sua capacidade de comunicação dos seus excelentes textos.
Profissionalmente, é consultor de empresas em Gestão Comercial, consultor literário de duas editoras livreiras e editor.
Tem colaborado em variados jornais e revistas.
A sua ida para o serviço militar e posterior mobilização para África levou-o a escrever o livro “Aracanjos e Bons Demónios”, que é uma narrativa da sua experiência na Guerra do Ultramar.
É ainda autor de diversos contos publicados e de um estudo universitário sobre «Alcunhas – Génese e importância da caricatura verbal».
Membro honorário da Estudantina Universitária de Lisboa.
É durante o serviço militar, já com 25 anos de idade, que Daniel Gouveia começa a dar mais atenção ao Fado. Tomou-lhe o gosto e não mais parou.
Membro da Academia da Guitarra Portuguesa e do Fado, de 1996 a 2001 (galardoado com o título de Sócio do Ano em 1997).
Sócio da Associação Portuguesa dos Amigos do Fado.
Sócio Honorário da Associação Benaventense dos Amigos do Fado.
Membro fundador da confraria fadista “Confraria do Velho Graal”.
Membro do Conselho Consultivo o Museu do Fado.
Autor dos textos de apoio de várias edições discográficas da editora Valentim de Carvalho.
Numa iniciativa da APAF, fez parte do elenco da opereta fadista “O Julgamento do Chico do Cachené”, de Linhares Barbosa, no papel de Juiz e como autor e intérprete da letra do fado de abertura das representações.
É autor de letras e músicas de fados de Lisboa, cantados por Julieta Estrela, Teresa Tapadas, Linda Leonardo, Ana Margarida, Nuno de Aguiar, Carlos Zel, Rodrigo Costa Félix, Abel Coutinho, Paulo Penim, André Ramos.
A sua letra “Versículo da Mariquinhas” foi publicada na colectânea Um Século de Fado (Ediclube, 1999) e a do “Fado da Internet” foi gravada por Carlos Zel no CD «Com Tradição» (Movieplay, 2000).
Em 2002 voltou a apresentar-se no “Espaço das 7 às 9”, no Centro Cultural de Belém. Em 2002 gravou, como intérprete, 3 faixas do CD Lisboa em Vários Tons, do qual foi compositor de 6 músicas, tendo uma delas (“Cuidado, Louca Gaivota”) sido considerada Fado Tradicional, incluído na catalogação organizada por José Manuel Osório, que lhe deu o nome de "Fado Daniel".
Em Novembro 2003 integrou a homenagem póstuma a Carlos Zel feita na Grande Noite do Fado desse ano, no Teatro Municipal de S. Luís, cantando o «Fado da Internet».
Como investigador e conferencista, apresenta regularmente as palestras «Os Sons e as Palavras do Fado de Lisboa», «Aspectos da Poética de Carlos Conde», «Recordar Alfredo Marceneiro», «Recordar Maria Teresa de Noronha», «Arquivos do Fado – Caracterizações» e, ocasionalmente, sessões de divulgação de Fado, em instituições, escolas e universidades, com exemplos cantados ao vivo, pelo próprio e por convidados.
Em parceria com Teresa Machado, co-apresenta e canta os espectáculos «O Fado Explicado e Cantado», em inglês, francês, castelhano e italiano, para audiências estrangeiras, e «Nós é que pomos a mesa – Fado, poesia e humor».
Em parceria com Vítor Duarte Marceneiro, co-apresenta e canta em espectáculos com diaporamas biográficos e evocações do repertório de Alfredo Marceneiro, Hermínia Silva, Vicente da Câmara e Paulo de Carvalho.
Biografia fornecida pelo próprio
Daniel Gouveia canta:
HÁ CHORO NA MOURARIA
Letra : Carlos Baleia
Música : Marcha de Manuel Maria