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Associação Cultural de Fado

"O Patriarca do Fado"
Quinta-feira, 3 de Março de 2016

DEOLINDA MARIA - Cantadeira de Fados

 

 

 

Deolinda Gomes Martins,  (Deolinda Maria) nasceu em Lisboa na freguesia da Penha de França a 5 de Dezembro de 1939.

Desde muito jovem que começou a cantar o Fado, foi madrinha da Marcha do Alto Pina.

Cantou em diversas casa de Fado (Restaurantes Típicos), Adega Mesquita, Adega Machado, Timpanas, A Severa e Café Luso, chegou a abrir um pequeno restaurante no Bairro Alto “ A Rata”, que era muito frequentado pelos seus colegas, meu pai Alfredo Duarte Júnior era frequentador assíduo.

Fez alguns programas para a RTP, gravou vários disco de Fado quer a solo, quer à desgarrrada, alguns temas eram de sua autoria, porque tinha gosto em escrever poemas para Fado, também gostava de cantar folclore português.

Era mãe do guitarrista José Manuel Neto e avó da jovem, Ana Mafalda que também canta o Fado e venera a recordação da avò

Faleceu a 30 de Maio de 2008 com 69 anos

 

 

Deolinda Maria canta " Sou Feliz Cantando o Fado"

 

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Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, assim como registo na Sociedade Portuguesa de Autores, sócio nº 125820, e Alfredo Marceneiro é registado como marca nacional no INIP, n.º 495150.
música: Sou Feliz Cantado o Fado
Viva Lisboa: deixou uma geração
publicado por Vítor Marceneiro às 00:00
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Domingo, 31 de Agosto de 2008

DEOLINDA MARIA

Fadista, actuou em várias casas de fado, era mãe do guitarrista José Manuel Neto.

Deolinda Maria faleceu há bem pouco tempo, como não tinha nenhum dado biográfico pois só a conheci superficialmente,  recordo que era uma pessoa muito simpática e que cantava muito bem. Tentei contactar com o filho, o que não consegui, como não nos conhecemos pessoalmente, fiz o pedido a algumas pessoas para me auxiliarem fornecendo-me mais pormenores sobre a sua figura, o que até hoje não consegui.

Mesmo assim quero aqui prestar-lhe  a minha sincera homenagem como fadista,  e como mãe de um grande músico do Fado.

 

 

 

 

 

 Deolinda Maria canta

Versos de Heloína Pina

Música de Alfredo Marceneiro

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Uma neta de Deolinda Maria,  de seu nome Ana Mafalda, que infelizmente não tem muitos dados sobre a avó, escreveu nos comentários, um texto que muito me enterneceu e que abaixo transcrevo,

 

                                "Silêncio meu amor não digas nada,
                                  Falar pra quê falar é tarde agora
                                  Não perturbes a calma conquistada
                                  á custa dessa dor sofrida outrora.
...
Falar pra quê falar se eu sou apenas
a sombra de uma alma torturada
é tarde não acordes minhas penas
silêncio meu amor não digas nada."

Este poema da minha avó nunca mais vai ser cantado como dantes...é a minha reza, o meu choro.

Já se passou algum tempo desde a partida da minha avó, a vida dá muitas voltas e nem sempre damos valor ao que temos no momento, só quando elas partem é que vimos o quanto nos fazem falta...

                                         "Ao chorar tua partida,
                                          cantei o nosso Fado.
                                         Disses-te Adeus á vida
                                         Com o teu xaile traçado"

Um xaile que me irá sempre acompanhar na memória, um xaile preto de dor e de lamento...um xaile que me passou fado...o seu grande amor ...cantar e cantar tão bem como cantava...."Gosto de ti porque gosto, a razão não sei dizer..." Gosto de ti do teu Fado...sempre gostei..e canto-te todos os dias todas as noites...."Madrugada a horas mortas, porque me deixas sozinha..." Partiste mas não me deixaste..deixaste o teu Fado...

                                  "Nesta vida desvairada 
                                  de tormento e ansiedade
                                   há sempre um pequeno nada
                                   que nos dá felicidade....

não lamentes tua sorte
por teres a vida perdida
porque a corrida pra morte
também faz parte da vida".

 

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música: Eu trago risos na boca
publicado por Vítor Marceneiro às 12:28
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