Manuel Silva Cardoso nasceu no Porto na freguesia de Miragaia em 1962
A paixão pelo o Fado vem-lhe desde muito jovem, seu pai tocava guitarra, começando assim a cantar fados sobre Lisboa e de Coimbra, mas já ia metendo versos seus nas músicas mais conhecidas.
Neste livro de poemas anseia acima de tudo “injectar sangue novo” no Fado, gostaria de ouvir cantar também sobre o Minho e o Norte em geral, para que não seja só cantados Fados sobre Lisboa, esperando quem se disponha a cantá-los.
São poemas carregados “de histórias verídicas da vida do dia a dia, quer do Porto quer de Braga” dando-nos bem o retrato e a tradição das gentes de Portugal.
Sendo sua mãe bracarense, acabou por se radicar em Braga há cerca de 10 anos.
Continua a cantar como amador, e os seus poemas já começaram a ser musicados.
É de realçar que a venda do livro reverte a favor de uma ajuda humanitária.
Quando da minha actuação na 7ª Grande Noite do Fado de Braga que homenageava meu avô Alfredo Marceneiro, Manuel Silva Cardoso, quis associar-se a essa homenagem, e compôs estes versos que aqui transcrevo, e que muito me sensibilizou.
"ALFREDO MARCENEIRO"
A minha voz já está trémula
Dizia ele cantando
E quando não mais podia
Então cantava chorando
O Alfredo sempre foi
Considerado entre os fadistas
Quando o Alfredo partiu
Partiram mais dois artistas
Alfredo tinha pró Fado
Muito talento e valor
Além de afamado fadista
Era escritor e compositor
Estas humildes palavras
São o sentimento do povo
Em memória do Alfredo
Ao Fado vamos dar sangue novo