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Associação Cultural de Fado
"O Patriarca do Fado"
Quinta-feira, 1 de Março de 2007
TEMPOS DE OUTRORA
Repertório de: Berta Cardoso
Letra de: Fernando Teles
Música: Fado Tradicional
Dos Belos tempos de outrora
São Relíquias do passado
Dois impagáveis tesoiros
A guitarra mais o Fado
Era na Lisboa, antiga
Quinta- Feira de Ascensão
Dia da consagração
Porque era dia de espiga
Com farnéis e sem fadiga
Assim que raiava a aurora
Toda a gente campos fora
Procurando a sombra amena
Ai que saudades que pena
Dos belos tempos de outrora
As noites tradicionais
De todos os nossos santos
Eram motivos de tantos
Ranchos, bailes e festivais
Os sírios e arrais
Rabicha, senhor roubado
Atalaia sol doirado
Como tudo isto era lindo
Estas coisas tempo findo
São relíquias do passado
E nas vésperas das toiradas
Nos retiros que alegria
Até a nobreza se via
Pelas mesas abancada
Cantava-se ás desgarrada
Até à vinda dos toiros
Cobriam-se assim de loiros
Entre a fadistagem vária
A Severa e a Cesária
Dois empagáveis tesouros
Fidalgos boémios e artistas
E toureiros elegantes
Tinham por suas amantes
As cantadeiras bairristas
Nesses tempos de fadistas
E do saiote encarnado
Só nos resta por sagrado
Penhor bem tradicional
Dois filhos de Portugal
A guitarra mais o Fado
Quarta-feira, 7 de Fevereiro de 2007
CORRI LISBOA INTEIRINHA
Letra de: Maria de Lourdes de Carvalho
Música: Fado Tradicional
Corri Lisboa inteirinha
Andei à tua procura
Mas não te vi, vê lá bem
O estado desta loucura
Pensei até que sorrias
Em cada estrela cadente
Agora sei qu´existias
Na minha ânsia somente
Vi teus olhos na calçada
Na água como a brilhar
Ajoelhei-me na esperança
Dum beijo te poder dar
Corri ruas sem destino
Andei de lado p'ra lado
Quando por fim te encontrei
Foi na rima do meu fado
EU SOU FILHA DE LISBOA
Criação de Ada de Castro
Letra de: Maria de Lourdes Carvalho
Música de: Max
Tive por berço o Castelo,
Que é belo
Meu padrinho foi S. Jorge,
Com fé
Tenho a honra por brasão
No nome que alguém me deu
É o fado meu condão
Que a glória conheceu
Eu sou filha de Lisboa
Eu sou filha de Lisboa
E Lisboa ali nasceu
Vivo mais quando é de noite
Embalada p'lo luar
Que o Tejo torna de prata
Sinto mais nas madrugadas
Onde a voz do fado põe
A minha alma enamorada
Pelos Bairros correm sonhos
Vivo eu a mocidade
Poetas cantando vidas
Fadistas cantam saudades