Francisco José Gonçalves de Carvalho, nasceu em Lisboa em 1918 e morreu em 1990.
Aprendeu o ofício de relojoeiro. Aos 12 anos para além de guitarra, aprendeu a tocar outros instrumentos, nomeadamente banjo e bandolim.
Conhecido apenas por Carvalhinho devido à sua pequena estatura, apelido que adoptou no nome artístico.
Actuou no Retiro da Severa, acompanhado à viola por Santos Moreira, mais tarde no Café Mondego e no Café Latino.
Em 1941 apresentou-se no Café Monumental e durante um ano na Sala Júlia Mendes do Parque Mayer com Martinho d' Assunção.Em 1950 integra o conjunto de guitarras de Martinho d' Assunção, juntamente com Jaime Santos e Alberto Correia.
Em 1951 participa nos espectáculos dos “Companheiros da Alegria” de Igrejas Caeiro.
Em 1953 realizou uma longa tournée por Angola, Moçambique e África do Sul com Maria Pereira e Martinho d' Assunção.
Tocou nos Restaurantes Típicos de Fado: Adega Machado, Adega da Lucília (mais tarde O Faia), no Vara Larga, no Pinóia e no Salvaterra, mas foi no “Restaurante Típico a Severa” que esteve como guitarrista
privativo durante vários anos seguidos
.
Gravou para vários artistas, nomeadamente para Alfredo Marceneiro, por quem nutria uma grande amizade e admiração.
A partir dos anos 80 dedicou-se à reparação de instrumentos de corda.
Francisco Carvalhinho gravou vários discos com variações à guitarra, acompanhado por Martinho d' Assunção, grande parte com composições suas, Improviso em Ré e outros.
Autor de numerosos Fados, destacando-se: Eu Sou do Fado; Fado Brigão; Dias Contados; Duas Palavras; Rua Sem Sol.
Deixou geração fadista, o seu filho Carvalhinho Jr., (que adoptou o nome artístico do pai) toca viola de acompanhamento sendo um músico de qualidade e muito solicitado.
Carvalhinho fala de Alfredo Marceneiro
Conheci Francisco Carvalhinho,desde muito miúdo, tocava com um estilo muito próprio, era uma pessoa muito sociável, admirado pelos colegas quer como músico, quer como pessoa, além de me tratar sempre com elevada consideração, era um grande amigo e admirador do meu avô, que por vezes lhe dava (alguns olhares de desagrado nalguma nota que lhe saía da guitarra, e que ele não gostava) mas Carvalhinho nunca teve uma má resposta ou amuo com o seu amigo Alfredo Marceneiro.
Obrigado Francisco Carvalhinho, esteja onde estiver, "Quem meus filhos beija minha boca adoça", ensinou-me o meu avô, fica neste modesto e simples trabalho a homenagem da Geração Marceneiro.
Mas em 2007 quando pela primeira vez editei esta página neste blogue, tive a alegria de receber uma mensagem que muito me sensibilizou, da sua neta Sónia Carvalhinho:
Caro Amigo,
Permita que o trate assim porque da mesma forma que o seu avô lhe ensinou que quem trata bem os nossos nos toca por dentro (agora por palavras minhas, mas a mensagem é a mesma) o meu avô também me passou muitas mensagens dessas, de reconhecimento ao próximo, de partilha, amizade e amor. E por isso mesmo depois do que li, agradeço de coração esta homenagem que para si lhe parece simples, a mim encheu-me o coração.
As saudades são muitas, mas pessoas como o Vítor fazem tudo ficar um bocadinho mais "próximo" de nós. Antes todos tivéssemos o mesmo contributo e ninguém ficaria no esquecimento e perdido num rasto do antigamente! Obrigada por ser assim, continuação de uma vida feliz.
Neta do Francisco Carvalhinho
Sónia Carvalho
Francisco José Gonçalves de Carvalho nasceu em Lisboa em 1918 e morreu em 1990. Aprendeu o ofício de relojoeiro. Aos 12 anos para além de guitarra, aprendeu a tocar outros instrumentos, nomeadamente banjo e bandolim. Conhecido apenas por Carvalhinho devido à sua pequena estatura, apelido que adoptou no nome artístico. Actuou no Retiro da Severa, acompanhado à viola por Santos Moreira, mais tarde no Café Mondego e no Café Latino. Em 1941 apresentou-se no Café Monumental e durante um ano na Sala Júlia Mendes do Parque Mayer com Martinho d' Assunção. Em 1950 integra o conjunto de guitarras de Martinho d' Assunção, juntamente com Jaime Santos e Alberto Correia. Em 1951 participa nos espectáculos dos “Companheiros da Alegria” de Igrejas Caeiro. Em 1953 realizou uma longa tournée por Angola, Moçambique e África do Sul com Maria Pereira e Martinho d' Assunção. Tocou nos Restaurantes Típicos de Fado: Adega Machado, Adega da Lucília (mais tarde O Faia), no Vara Larga, no Pinóia e no Salvaterra, mas foi no “Restaurante Típico a Severa” que esteve como guitarrista privativo durante vários anos seguidos. Gravou para vários artistas, nomeadamente para Alfredo Marceneiro, por quem nutria uma grande amizade e admiração. A partir dos anos 80 dedicou-se à reparação de instrumentos de corda. Francisco Carvalhinho gravou vários discos com variações à guitarra, acompanhado por Martinho d' Assunção, grande parte com composições suas, Improviso em Ré e outros. Autor de numerosos Fados, destacando-se: Eu Sou do Fado; Fado Brigão; Dias Contados; Duas Palavras; Rua Sem Sol. Deixou geração fadista, o seu filho Carvalhinho Jr., (que adoptou o nome artístico do pai) toca viola de acompanhamento sendo um músico de qualidade e muito solicitado.
Carvalhinho fala de Marceneiro (1968)
Conheci Francisco Carvalhinho,desde muito miúdo, tocava com um estilo muito próprio, era uma pessoa muito sociável, admirado pelos colegas quer como músico, quer como pessoa, além de me tratar sempre com elevada consideração, era um grande amigo e admirador do meu avô, que por vezes lhe dava (alguns olhares de desagrado nalguma nota que lhe saía da guitarra, e que ele não gostava) mas Carvalhinho nunca teve uma má resposta ou amuo com o seu amigo Alfredo Marceneiro.
Obrigado Francisco Carvalhinho, esteja onde estiver, "Quem meus filhos beija minha boca adoça", ensinou-me o meu avô, fica neste modesto e simples trabalho a homenagem da Geração Marceneiro.
Carvalhinho toca à Guitarra
Fado Canção
Acompanhado à viola por Martinho d´Assunção
Nota: Música com a colaboração do coleccionador Fernando Batista do Porto