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Associação Cultural de Fado

"O Patriarca do Fado"
Domingo, 20 de Setembro de 2015

IRENE ISIDRO - Relembrar

IRENE FERNANDA AGUIAR ISIDRO, Nasceu a 4 de Setembro de 1907 e faleceu a 7 de Abril de 1993.
Diplomada pelo Conservatório Nacional, dedicou-se inicialmente ao teatro dramático. Veio, porém, a ganhar popularidade no teatro de revista, em que actuou desde 1926 até 1958:

1926-Papo Seco e Pomada Amor, 1934-Santo António, 1935 – Loja do Povo, 1938- Praça da Alegria,1941 – Marcha de Lisboa, 1943- Toma Lá Dá Cá, 1944-Baile de Máscaras e Há Festa no Coliseu,1946- Tiro-Liro,1947 – Se Aquilo que a Gente Sente, 1949- Feira da Avenida, 1950- Enquanto Houver Santo António e è de Gritos, 1951-Agora é que Ela vai Boa, 1953 – Viv o Luxo, 1955- Ó Zé Aperta o Laço e Cidade Maravilhosa, 1956 – Fonte Luminosa, 1958 – Abaixo as Saias.

 Reapareceu esporadicamente em 1972 – P´rá Frente Lisboa,

Loura, elegante, com voz forte, Irene Isidro, uma actriz cujas criações ficaram na memória de quem a viu actuar.

Cantou  um fado na revista "Feira da Avenida" (1949) -  Tudo Isto é Fado  - que mais tarde na voz de Amália, havia de ser um dos maiores sucessos desta .

Termina a sua carreira definitivamente em 1992, no espectáculo "Passa por Mim no Rossio".

Foram-lhe feitas várias homenagens quer em vida quer postumamente, destacando o seu nome em ruas de Lisboa, Amadora e Oeiras.

 

Irene Isidro

No Teatro D. Maria II em 1992

No musical Passa Por Mim no Rossio

Canta: Raparigas do meu tempo

2015-09-20Para relembrar este lindo poema, que não consegui arrajar cantado pela própria Irene Isidro

 

TUDO ISTO É FADO

Letra de Aníbal Nazaré

Música de F. Carvalho

                             Perguntaste-me outro dia

                             Se eu sabia o que era o fado,

                             Disse-te que não sabia

                             Tu ficaste admirado.

 

Sem saber o que dizia

Eu menti naquela hora,

Disse-te que não sabia

Mas vou-te dizer agora:

 

Almas vencidas

Noites perdidas

Sombras bizarras.

Na Mouraria

Canta um rufia

Choram guitarras.

 

Amor, ciúme,

Cinzas e lume,

Dor e pecado,

Tudo isto existe,

Tudo isto é triste,

Tudo isto é fado.

 

                                

                                 Se queres ser o meu senhor

                                 E teres-me sempre a teu lado,

                                 Não me fales só de amor;

                                 Fala-me também do fado.

 

E o fado que é meu castigo

Só nasceu p'ra me perder;

O fado é tudo o que eu digo

Mais o que eu não sei dizer.

Licença Creative Commons
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, assim como registo na Sociedade Portuguesa de Autores, sócio nº 125820, e Alfredo Marceneiro é registado como marca nacional no INIP, n.º 495150.
música: Raparigas do meu tempo
Viva Lisboa: Figuras do passado
publicado por Vítor Marceneiro às 00:00
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Domingo, 7 de Outubro de 2007

IRENE ISIDRO

IRENE FERNANDA AGUIAR ISIDRO (1907-1993), também diplomada pelo Conservatório Nacional, dedicou-se inicialmente ao teatro dramático. Veio, porém, a ganhar popularidade no teatro de revista, em que actuou desde 1926 até 1958:

1926-Papo Seco e Pomada Amor, 1934-Santo António, 1935 – Loja do Povo, 1938- Praça da Alegria,1941 – Marcha de Lisboa, 1943- Toma Lá Dá Cá, 1944-Baile de Máscaras e Há Festa no Coliseu,1946- Tiro-Liro,1947 – Se Aquilo que a Gente Sente, 1949- Feira da Avenida, 1950- Enquanto Houver Santo António e è de Gritos, 1951-Agora é que Ela vai Boa, 1953 – Viv o Luxo, 1955- Ó Zé Aperta o Laço e Cidade Maravilhosa, 1956 – Fonte Luminosa, 1958 – Abaixo as Saias.

 Reapareceu esporadicamente em 1972 – P´rá Frente Lisboa,

Termina a sua carreira definitivamente em 1992, no espectáculo "Passa por Mim no Rossio".

Loura, elegante, com voz forte, Irene Isidro, uma actriz cujas criações ficaram na memória de quem a viu actuar.

Cantou  um fado na revista "Feira da Avenida" (1949) -  Tudo Isto é Fado  - que mais tarde na voz de Amália, havia de ser um dos maiores sucessos desta .

 © Vítor Duarte Marceneiro

Como não me foi possível de todo encontrar a gravação do tema pela própria Irene Isidro, vão ouvir este excelente fado cantado por alguns fradistas de nomeada, em estilo de desgarrada, são eles,  a saber:

António Pelarigo, António Rocha, António Severino, Argentina Santos, Beatriz da Conceição, Cidália Moreira, Fernando Mauricio, José Manuel Barreto, Manuel de Almeida, Maria Amélia Proença, Maria da Nazaré,Maria Portugal, Rodrigo, Tristão da Silva,   

 


 

TUDO ISTO É FADO

 Letra de Aníbal Nazaré

Música de F. Carvalho

 

                             Perguntaste-me outro dia

                             Se eu sabia o que era o fado,

                             Disse-te que não sabia

                             Tu ficaste admirado.

 

Sem saber o que dizia

Eu menti naquela hora,

Disse-te que não sabia

Mas vou-te dizer agora:

 

Almas vencidas

Noites perdidas

Sombras bizarras.

Na Mouraria

Canta um rufia

Choram guitarras.

 

Amor, ciúme,

Cinzas e lume,

Dor e pecado,

Tudo isto existe,

Tudo isto é triste,

Tudo isto é fado.

 

                                

                                 Se queres ser o meu senhor

                                 E teres-me sempre a teu lado,

                                 Não me fales só de amor;

                                 Fala-me também do fado.

 

E o fado que é meu castigo

Só nasceu p'ra me perder;

O fado é tudo o que eu digo

Mais o que eu não sei dizer.

 

Tentei arranjar um disco da própria Irene Isidro e não consegui, assim, quando  me arranjaram esta versão, fiquei deliciado ao

ouvi-la, e achei que era também um bom trabalho para aqui reproduzir.

Excluindo  um ou dois dos interpretes, convivi com todos eles, e penso que dos que conheci, já aqui lhes prestei a minha homenagem

Quem me arranjou o som tinha dúvidas também num ou noutro nome, pois não tinha a capa do disco.

Depois de ouvir o disco , hà uma parte que me pareceu Tristão, e como penso que seria mais grave esquecê-lo que incluí-lo, acrescentei o seu nome. Houve já um  amigo  que me falou do assunto e disse-me que pensava que quando o disco foi feito já o Tristão não estaria entre nós, como não me preocupei com o ano da produção e como todas as pessoas que cantam são do tempo do Tristão e conviveram com ele, não era de admirar que fosse ele, ou talvez o filho.

 

Eis a parte que me levou a lembrar Tristão:

  

 

 

Resumindo, a ser erro, é erro de pormenor, comprovadamente sem qualquer intenção depreciativa, e que a  qualquer altura poderá ser emendado, mas receber um comentário como o que abaixo trancrevo e dou relevo, é de uma baixeza  a rondar a calúnia e a má fé, não faço mais comentários, dos que já fiz (já dizia o meu avô: os cães ladram e a caravna passa!)e que mais abaixo dou igual destaque.

 

Mariana Bastos disse a Wed, 10 Oct 2007 09:38:06 GMT:

Conheço esta edição mas sem o Tristão da Silva. Como é possível ...

Conheço esta edição mas sem o Tristão da Silva. Como é possível colocar o grande Tristão com todos esses fadistas senão estava vivo? Onde encontra aqui a sua voz, nesta gravação? Qual a edição especial que tem? Haja respeito pelos mortos!

 

 disse a Wed, 10 Oct 2007 18:21:17 GMT:

O seu nome não me diz nada . mas o seu ID, já me diz qualquer coisa....
Ter a ousadia de dizer-me que estou a faltar ao respeito ao Tristão da Silva , porque penso que uma das quadras é cantada por ele ou pelo filho, é ..... não lhe vou dizer mais nada para não cair na sua baixeza de carácter, tenha a coragem de assumir a sua identidade incluindo o mail .
É tão baixo, e toda a gente se apercebe da sua ............ porque se não fosse isto, que não escrevo por decoro, bastava dizer que eu estava enganado, e corrigia, e ajudava bem , eis pois a minha resposta, que uso normalmente, são uns versos de Carlos Conde que meu avô cantava para dedicar a pessoas como você.


“CONCEITO”

Letra de Carlos Conde

Quando eles não valem nada
Não se ganha em discutir
Não é bom servir de escada
Para qualquer asno subir

Há gente que só diz mal
Para se impor, para ser notada
Quem discute menos vale
Quando eles não valem nada

E quem pouco valor tem
Só se vinga em deprimir
O desprezo chega bem
Não se ganha em discutir

Quem maldiz por ser ruim
Nunca vence a caminhada
A nulidades assim
Não é bom servir de escada

Quem vence de fronte erguida
Não se dispõe a servir
Como ponto de partida
Para qualquer asno subir

 

 


Entretanto há pessoas com conhecimentos profundos como é o caso do Jornalista e Investigador de Fado Nuno Lopes, que se dispôem a corrigir e a esclarecer de uma  "maneira saudável" até com a honestidade de reconhecer que a voz parecia realmente ser a de Tristão da Silva. Não é na realidade, pelo que só me resta agradecer ao Nuno Lopes o esclarecimento que prestou, útil não só para este blog como para todos os amantes de Fado.

 

Não há duvida nenhuma que da "discussão sem segundas intenções) nasce a luz....

Sendo conhecida a amizade que nutro por Nuno Lopes, e que tenho a certeza que é reciproca, ninguém se atreverá a duvidar da sua objectividade ao analisar este assunto, conforme  o comentário recebido e que dou igual destaque, considerando assim este assunto encerrado.

N. Lopes disse a Wed, 10 Oct 2007 20:54:52 GMT:

Exmos. Srs. se me permitem, o disco em questão trata-se do duplo CD "Antologia do mais triste fado" editado em 1993 pela Discossete que inclui um notável elenco: Manuel de Almeida, Argentina Santos, Fernando Maurício, Fernanda Maria, Rodrigo, Cidália Moreira, António Rocha, Maria da Nazaré, António Mourão, Beatriz da Conceição, António Pelarigo , Maria Lisboa, José Manuel Barreto, Maria Amélia Proença e António Severino. Cada um canta dois fados e houve a feliz ideia de se cantar em conjunto "Tudo isto é fado", tendo sido gravado provavelmente "à uma" i. é, tal como se cantou e misturado à posteriori, pelo que leva a uma provável confusão, nomeadamente para quem como o Vítor Duarte Marceneiro ouviu e conviveu com tantas vozes. A voz recorda o Tristão, não é, mas recorda e um lapso todos temos. Aliás a tecnologia permitiria colocar o Tristão, já morto, a cantar com um fadista vivo. Há alguns anos a Nathalie Cole gravou um CD com o pai, e este tinha morrido. Foi uma questão de excelente montagem e mistura. A voz parece, pelas voltas, pela entoação, pelo quer que seja, parece, mas não é, e quem nunca se enganou?

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