Nasceu em Lisboa a 16 de Fevereiro de 1937.
O Fado que mais contribuiu para que fosse mais conhecido, foi decerto o Fado do Embuçado.
Em 1966 em Alfama, no Beco dos Costumes, abriu uma casa de Fados “Taverna do Embuçado”, decorada com uma estilo muito monárquico, em que incluía a bandeira azul e branca, aliás sempre afirmou ser um monárquico convicto, local onde passaram grandes nomes do Fado e que meu avô visitava com frequência, João dedicava-lhe grande admiração e carinho, sentimentos correspondido de igual modo, pelo meu avô, que afirmava: … o João é como se fosse meu neto. Aliás eu e os meus primos, temos por ele grande amizade, que o apelidamos de nosso primo.
Ainda nos anos 60 adquire o Palácio Pintéus, no concelho de Loures, onde se realizaram grandes noites de Fado, muitas das quais assisti, fazendo companhia a meu avô, isto porque João Ferreira Rosa nunca deixava de o convidar.
Nutre uma especial paixão por Alcochete, onde passou a morar nos últimos anos,
escreveu um tema sobre a vila, o “Fado Alcochete”, que canta com a música do Fado Balada de Alfredo Marceneiro.
Tem várias actuações na RTP e cantou muitas vezes no Casino do Estoril.
Os Fados mais emblemáticos do seu reportório são:
Fado Despedida (Marcha de Alfredo Marceneiro)
Fado do Embuçado
Fragata (Fado Vianinha)]
Portugal Foi-nos Roubado
Fado Alcochete
Arraial (Fado Pintéus)
Fadista Velhinho (Fado Lumiar)
Fado Lisboa
Armas sem Coroa
Triste Sorte (Fado Cravo)
João Ferreira Rosa Canta: Despedida
Letra de António Calém
Música: Marcha de Alfredo Marceneiro
Do grande poeta Carlos Conde, meu pai Alfredo Duarte Jr. canta
"Ser Palhaço"
E este poema do João Ferreira da Rosa!!
Fado de Aviário
A carapuça é para quem lhe serve
Fado de aviário
O Sinatra d’aviário
sofre dum mal hereditário
que havia no bairro alto
entre janota e otário
dos alternos do fadário
prá Suissa deu o salto
Voltou de lá afinado
bem falante e educado
a cantar era um primor
chegou a Abril doutorado
no mais rubro professor
Não pára de ser pedante
não se cala, é irritante
mas neste país é gente
é a glória triunfante
da escumalha que mais mente
Alcochete, 11.12.2010
João Ferreira Rosa