JORNAL EXPRESSO - 24 de Setembro de 2017
João Ferreira-Rosa era proprietário do Palácio de Pintéus, nos arredores de Loures, que fora propriedade da poetisa Maria Amália Vaz de Carvalho e que serviu de cenário a vários programas de fado, transmitidos pela RTP, em que participaram os fadistas Alfredo Marceneiro, Maria do Rosário Bettencourt, Teresa Silva Carvalho e João Braga, e os músicos Paquito, José Pracana, José Fontes Rocha, entre outros. João Ferreira-Rosa, natural de Lisboa, afirmava-se monárquico e foi autor, entre outros, do poema “Triste sorte”, que gravou no Fado Cravo, de Marceneiro. Figura assídua das galas anuais Carlos Zel, no Casino Estoril, do seu repertório constam, entre outros, os fados “Os Saltimbancos”, “Acabou o Arraial”, “Fragata” e “Portugal Verde e Encarnado”.
Nasceu em 16 de Fevereiro de 1937
O Fado que mais contribuiu para que fosse mais conhecido, foi decerto o Fado do Embuçado.
Em 1966 em Alfama, abriu uma casa de Fados “Taverna do Embuçado”, decorada com uma estilo muito monárquico, em que incluía a bandeira azul e branca, aliás sempre afirmou ser um monárquico convicto.
Ainda nos anos 60 adquire o Palácio Pintéus, no concelho de Loures, onde se realizaram grandes noites de Fado, muitas das quais assisti, fazendo companhia a meu avô, que João Ferreira-Rosa nunca deixava de convidar, e por quem sempre nutria um carinho muito especial, que era correspondido.
Nutre uma especial paixão por Alcochete, onde passou a morar nos últimos anos, escreveu um tema sobre a vila, o “Fado Alcochete”, que canta com a música do Fado Balada de Alfredo Marceneiro.
©Vitor Duarte Marceneiro
João Ferreira rosa Canta:
Um dia quando isso for ou Despedida