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"O Patriarca do Fado"
Domingo, 15 de Setembro de 2013

João Ficalho - Fadista Alentejano

Canção Dolente, um bonito poema de Maria Eugénia Tiago, cantado na música de Casimiro Ramos pelo Castiço -Fadista João Ficalho.

Tive o prazer de filmar e realizar dois video-clips para este meu amigo.

 

 

Licença Creative Commons
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, assim como registo na Sociedade Portuguesa de Autores, sócio nº 125820, e Alfredo Marceneiro é registado como marca nacional no INIP, n.º 495150.
música: Canção Dolente
Viva Lisboa: bem cantado...compadre
publicado por Vítor Marceneiro às 10:00
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Sábado, 14 de Setembro de 2013

João Ficalho - Fadista Alentejano de Borba

João Manuel  Compoête  Ficalho , nasceu no Alentejo na cidade de  Borba, no dia 6 de Março de 1951.

Desde muito novo,,tomou gosto pela música de tal modo que improvisava baterias musicais no

balcão da taberna de que o pai era proprietário.  O bombo eram garrafões, as panelas  os tachos  e as tampas  dos mesmos, as baquetas eram as colheres, garfos e facas compunham, era assim  a sua imaginária bateria.

O pai, Miguel Ficalho tocava guitarra, e  vendo o gosto que o filho tinha pela música  resolveu mandá-lo aprender a tocar guitarra, mas o  jovem João, como o professor também dava aulas de viola,  é por este instrumento que se sente atraído, com alguma decepção no inicio  pela parte do  pai, mas passados poucos meses já o João o acompanhava.

Tinha oito anos quando os elementos da  conferências de S. Vicente Paulo, de Borba, organizaram um espectáculo  no Cine-Teatro de Borba, e o João alcançou enorme êxito ao  cantar um tema que ainda hoje é de referência quando pisa palcos, “Vila de Borba”.

A vida na terra não era fácil e os pais quando fez 13 anos mandaram-no para  Lisboa-Moscavide, ficando a cargo de familiares,  para começar a trabalhar.

Deixa de poder  dedicar-se de alma e coração ao instrumento e à música de que tanto gostava.

Aos 17  anos, volta para Borba, e logo  se integra no grupo musical 1X2, como viola

e vocalista. Quando o grupo não tem actividade, actua em simultâneo em vários tipos de festas com o teclista João Varela, com quem já mantinha uma  grande amizade.        

Aos  19 anos cantava  e  tocava  a solo,  animando festas,  realizando alguns espectáculos e   convívios amigáveis.

Ainda com 19 anos  casou com a jovem  Nazaré , que lhe deu três filhos

É chamado para cumprir o serviço militar e foi mobilizado  para a Guiné, onde se mantém de

Janeiro de 1973 a Maio de 1974. Mas na Guiné continua a sua progressão na música, fez parte do grupo musical da Polícia Militar como viola ritmo e vocalista, foi convidado a cantar em directo à rádio de Bissau, a sua actuação não passou despercebida ao proprietário do Bar Gato Negro, que logo o contrata, passando a fazer parelha com o seu amigo João Varela.

Ferido em serviço é evacuado para o continente e internado no  Hospital Militar à  Estrela onde permaneceu durante 3 meses.        

Passa à disponibilidade e de volta a Borba integrou o grupo musical Star Melodia de Vila Viçosa, durante 12 anos, sem nunca deixar de realizar espectáculos de fados.

Mais tarde, e após a extinção deste último grupo musical, fez parte do grupo de Borba Honda-Média, sempre com o fado a ser aquilo que mais gostava de cantar.

Em 1990 começa a compor poemas e a musicar, tornando-se sócio da Sociedade Portuguesa de Autores, onde foi registando os seus trabalhos, e passa a dedicar-se única e exclusivamente ao fado, cantando e tocando na sua viola.

Os  anos passam, continua a escrever, mas guarda os seus poemas e músicas numa "caixa de papelão".

Foi convidado a  participar no CD de homenagem ao João Rita com 3 poemas de sua autoria, onde também participaram o filho Joaquim Ladeiras e D. Vicente da Câmara.

Em 1996 surge um projecto para formar o Grupo Delta por iniciativa do Sr. Comendador Rui Nabeiro, que se tornou realidade no mesmo ano, estando ainda no activo sempre que é solicitado.

Entretanto, vai  levando o nome de Borba por todo o Alentejo, e a outros locais, tais como Espanha, Bélgica, onde cantou ao lado de grandes nomes do fado e da música portuguesa, esteve também na Finlândia, mas a tocar viola, acompanhando João Tenreiro, lembrando sempre com saudade os nomes do Tóquim, Carlos Zel e Maria Leopoldina da Guia, entre outros.       

Em Março de 2006, decide  editar um CD, com os poemas e músicas que vinha arquivando na sua"caixa de papelão". Fez mais poemas, dedicados  a amigos e familiares, e é  neste contexto que surge o projecto, "Orgulhoso por ti, Vila de Borba”.

Em  Março de 2010, celebra 40 anos a cantar os mais variados géneros de música, rodeado por todos aqueles que o acompanharam e partilharam os bons e os maus momentos ao longo da sua carreira, enquanto amador.

A 30 de Outubro de 2010, apresenta o seu segundo CD “ Fados Novos”.  A modéstia, simplicidade e amizade são marcas do João Ficalho. O apoio, o carinho, as palavras de conforto foram referências que nunca  lhe faltaram.  Não sendo de admirar, a grande afluência de grande parte dos seus amigos, assim como, de grupos musicais,  música de baile, de música de ambiente,  das fadistices e das boémias.

 

Já conheço há uma série de anos o João Ficalho, já actuámos os dois, e agora aqui estou com muito gosto a apresentá-lo no meu blogue.

Tive o grato prazer de lhe realizar dois video-clips, que espero que apreciem este grande (compadre) fadista alentejano.

 

Vítor Marceneiro

 

 

 

 

Video Clipe de João Ficalho

Canta versos de sua autoria " Ser amigo é ser alguém

Música de Joaquim Campos

 

SER AMIGO, É SER ALGUÉM

 

                     AMIZADE P’RA SER PURA

                     VAI ALÉM DE SER AMIGO

                     É RESPEITO E TERNURA

                     É TER UM OMBRO DE ABRIGO

 

É ESTAR LONGE, SEMPRE PERTO

O CHEGAR NÃO TEM DEMORA

É CORAÇÃO SEMPRE ABERTO

QUE NOS OUVE A QUALQUER HORA

 

                    DIZER AMIGO, HÁ ESPERANÇA

                    EM TOM MEIGO, DOCEMENTE

                    AMIGO NUNCA SE CANSA

                    SENTIR O QUE A GENTE SENTE

 

O CARINHO QUE SE TEM

É PODEM CRER, AFINAL

O AMIGO, É SER ALGUÉM

É SER ALGUÉM ESPECIAL

 

                    É ALGUÉM A QUEM ABRIMOS

                    TOTALMENTE O CORAÇÃO

                    ONDE CHORAMOS OU SORRIMOS

                    SEJA QUAL FOR A RAZÃO

 

SER AMIGO É COM CERTEZA

MAIS ALENTO P’RA VIVER

SENDO A MAIS BELA RIQUEZA

QUE NA VIDA PODE HAVER

 

João Ficalho

Borba 2010

 

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