Nasceu em Lisboa em 1856, no bairro da Mouraria
Tal como era hábito na altura , ainda muito jovem teve que ira trabalhar, aprendeu o oficio, de “oficial de corte” vulgo sapateiro.
Começa a frequentar as tascas da Mouraria só para ouvir Fados, e logo sente a sua aptidão para a música.
Começou a aprender guitarra por intuição e mais tarde com a ajuda de alguns executantes da época.
As suas qualidades de executante de guitarra, eram muito comentados e consequentemente deram-lhe fama.
O Rei D. Carlos, que muito apreciava o Fado e a sonoridade da guitarra, contrata-o para lhe dar lições de execução da guitarra portuguesa.
João Maria dos Anjos, aos vinte e oito anos começa a ficar doente dos pulmões e é o próprio Rei D.Carlos, que fazia questão de pagar o médico e os tratamentos, bem como assumiu as despesas do respectivo funeral, quando este veio a falecer.
Fundou o Sexteto de Guitarras João Maria dos Anjos, que era composto pelos seguintes elementos, nas Guitarras – João Maria dos Anjo, Luís Cardoso da Silva ( alcunha, O Petrolino), João da Preta e Augusto Pinto de Araújo (alcunha, O Camões), nas Violas - António Eloy Cardoso e José Maria Uriceira ( alcunha, O Zaraquitana).
O Sexteto de Guitarras João Maria dos Anjos, fizeram a sua apresentação num concerto público, no dia 3 de Maio de 1873
Escreveu um livro para ensinar de forma simples a tocar guitarra portuguesa, “NOVO METHODO DE GUITARRA” que foi publicado muito pouco antes da sua morte.
João Maria dos Anjos morre na casa onde vivia, na Rua Direita de Arroios, no dia 25 de Junho de 1889, tinha 33 anos.
Logo após a sua morte por deliberação camarária de 16 de Agosto de 1889, passou a chamar-se Rua dos Anjos à rua direita de Arroios antiga rua do registo Civil, em sua memória.
Capa e uma página do livro "Methodo de Guitarra
Imagem da Guitarra Portuguesa em 1796