Nasceu em Lisboa no ano de 1957.
Além de viola é também produtor, compositor, letrista e intérprete. No seu mais recente trabalho, "Memória e fado", inclui um dueto gravado, em 1994, com Amália Rodrigues de quem foi acompanhante de 1980 a 1985.
O perfil artístico de Jorge Fernando começou ainda menino, a cantar fado acompanhado pelo seu avô à guitarra, na adolescência caminha pela música rock, na década seguinte concorre ao Festival RTP da Canção com "Rosas brancas" (1983) e dois anos depois com "Umbadá". Em 1986 gravou o seu primeiro álbum, onde inclui "Lua Feiticeira Lua'. Em 1988 editou o primeiro álbum de fado onde inclui "Boa noite solidão" que escrevera aos 16 anos, e "Quem vai ao fado".
Como produtor assinou o primeiro álbum de Mariza, "Fado em mim", os mais recentes de Ana Moura e Maria da Fé, respectivamente, "Aconteceu" e "Divino fado", bem como os de Patrícia Rodrigues, Ricardo Ribeiro e João Pedro. Além de Amália, Jorge Fernando acompanhou vários fadistas como Fernando Maurício, Maria da Fé, Ana Moura, Argentina Santos ou José Manuel Barreto.
Em 1988 a Rádio Comercial atribuiu-lhe, por escolha do público, o Prémio de Popularidade. Em 1991 editou "À tua porta", seguindo-se "Oxalá" que a revista Billboard considerou, em 1994, "obra de referência para a World Music". Em 1997 com o álbum 'Terra d'água" faz uma ponte entre a balada e o fado, gravando no ano seguinte "Fado - The soul of Portugal", com Argentina Santos.
Em 1999 sai o álbum "Rumo ao Sul", em 2004, é editado "Fado velho" e passa actuar regularmente no restaurante típico Senhor Vinho. Foi convidado pelo pianista italiano Arrigo Cappellettí para participar como co-produtor e cantor num projecto que inclui a gravação de um CD com poesia contemporânea portuguesa, em conjunto com o bandoneonista Daniel di Bonaventura, o violoncelista David Zaccaria e o guitarrista Custódio Castelo. Em Itália, a Academia de Marco Poeta, distinguiu-o com o Prémio Carreira em reconhecimento do seu talento como cantor autor, produtor, instrumentista e impulsionador de novos talentos.
Em 2005, completou 30 anos de carreira artística, somando diferentes actuações em Portugal e no estrangeiro, de que destaca a Gala de Portugal – Noite de Fado, em Paris, com o patrocínio da UNESCO. "Memória e fado", editado o ano passado, conta com as colaborações de Egberto Gismonti, Toninho Horta, Zeca Assumpção, Wiliiam Galíson, entre outros. Ainda em 2005 recebe na I Grande Gala dos Troféus Amália Rodrigues é-lhe atribuído o galardão de Violista-Compositor.
Em 2006 na II Grande Gala dos Troféus Amália Rodrigues recebe o galardão de Melhor Viola.
Actualmente integra o elenco da Casa de Linhares.
In: Programa das Galas de Fado Amália Rodrigues I e II
Jorge Fernando
canta de sua autoria, com música de Alfredo Marceneiro
LONGA NOITE
video postado por: casadofado
CHEGOU A HORA
Letra e música de Jorge Fernando
Chegou a hora de dizer
Chegou a hora de afirmar
Que o Fado é canto genuíno português
E não há nada que estranhar
Chegou a hora de dizer
Chegou a hora de afirmar
Que o seu encanto, é quem o canta uma só vez
Não mais o deixa de cantar
Porque é que tantos teimam em dizer
Dum modo descuidado
Que o Fado não nasceu em Portugal
Que não é nosso Fado
E buscam sua origem na distancia
Trazido pelas marés
Mas eu sei que o Fado
Só é cantado em português
Por mais que eu tente o jeito de entender
Confesso que não posso
Porque é que a gente tarda em afirmar
Que o Fado é só nosso
Talvez por isso o Fado seja triste
Fatalista talvez
Mas eu sei
Que o Fado só é cantado em português
Chegou a hora de dizer
Chegou a hora de afirmar
Que o Fado é canto genuíno português
E não há nada que estranhar
Chegou a hora de dizer
Chegou a hora de afirmar
Que o seu encanto, é quem o canta uma só vez
Não mais o deixa de cantar
Porque é que tantos teimam em dizer
Dum modo descuidado
Que o Fado não nasceu em Portugal
Que não é nosso Fado
E buscam sua origem na distancia
Trazido pelas marés
Mas eu sei que o Fado
Só é cantado em português
Jorge Fernando
Canta
CHEGOU A HORA