Susana Maria, é o nome próprio de Mísia, filha de um português natural do Porto, e de uma espanhola da Catalunha.
Começou por cantar em Madrid no final dos anos oitenta. Emprestava a sua voz aos fados de Amália e a canções de Joan Manoel Serrat, de Piaff, Marlene Dietrich ou Judy Garland.
Em Portugal, Mísia grava para a editora EMI-Valentim de Carvalho, um álbum onde os temas divergem, Vendaval, , Samba em Prelúdio, de Vinícius e Baden Powell, Porto Sentido, de Rui Veloso e Carlos Té e temas de Carlos Paião e Tozé Brito, são alguns dos temas que marcam o LP Mísia.
Em 1994 grava “Mísia Fado” , editado pela BMG, neste trabalho grava, Fado Adivinha, de José Saramago e António Victorino de Almeida, Nasci Para Morrer Contigo, de António Lobo Antunes e Vitorino, Liberdades Poéticas, de Sérgio Godinho, além de uma canção de Jacques Brel, acompanhados à guitarra por António Chaínho. O disco é editado em Portugal, Espanha, Japão e Coreia do Sul.
Tanto Menos, Tanto Mais é o LP que, no ano seguinte, assinala a interpretação de temas inéditos de Vitorino e Manuel Paulo, com letras de João Monge, Carlos Té e António Lobo Antunes.
Artista mais apreciada no estrangeiro do que em Portugal, no entanto, goste-se ou não, o seu esforço de ser diferente, de renovação do fado na sua óptica, é de louvar .
Não tenho a prazer a de conhecer nem nunca a vi actuar ao vivo, mas confesso que é uma figura, que me intriga, e por quem sinto admiração. (Ser mais um entre tantos, não é mundo que baste!..)
Vítor Marceneiro
Mísia canta:
Lágrima de Amália Rodrigues