Estreia, aos 5 anos, no palco do Cine-Teatro de Anadia, a tocar bateria com o pai ao piano que lhe dá a conhecer os primeiros "standards" norte-americanos.
Em Cascais, aos 10 anos inicia-se com uma "big band", a Orquestra Baía, fazendo a ronda dos bailes locais.
Pouco tempo depois, no "Café Chave d'Ouro", em Lisboa, toma parte da primeira "jam-session" internacional, organizada por Luís Vilas Boas, sendo também um dos pioneiros na fundação do Hot Club de Portugal.
Aos dezassete profissionaliza-se: Casino da Póvoa de Varzim, "Orquestra Vieira Pinto".
Entretanto cursa piano e composição na 'Academia Amadores de Música', tendo como professores, entre outros, Fernando Lopes Graça, Francine Benoit; música contemporânea: Jorge Peixinho e Louis Sager.
Em Boston, USA, no "Berklee College of Music" (1965), estudou Jazz, Arranging, com Herb Pomeroy, J, Progris, desenvolve trabalhos de bateria com Alan Dawson.
Durante a sua actividade de baterista, na área do jazz, tem oportunidade de tocar com Hazel Scott, Frederich Gulda , Marshall Brown , George Wein.
Na rádio - Emissora Nacional - (1958), apresenta o seu primeiro grupo a tocar música de jazz, sob o patrocínio de L. Vilas Boas; na Rádio Televisão Portuguesa, tem a oportunidade de se apresentar com várias formações - sexteto, octeto e big band - em programas de divulgação desta linguagem musical: “Jazz no Estúdio 'A”, neste programa, a 'big band', é a primeira orquestra organizada em Portugal, para interpretar Jazz (1963).
Aos 29 anos deixa de tocar bateria e dedica-se à direcção de orquestra.
Nessa qualidade dirige em Portugal, Espanha, França, Luxemburgo, Jugoslávia, Grécia, Irlanda, Brasil, Venezuela, Argentina, África do Sul, país onde grava música portuguesa e internacional a convite da South African Broadcast Corporation - SABC - dirigindo a sua Orquestra Sinfónica em concertos no City Hall e Auditório da SABC, na cidade de Joanesburgo.
Fundou a editora Tecla em 1967. Os primeiros disco foram de João Maria Tudela e Florbela Queiroz. Depois editaram vários discos de Madalena Iglésias, numa altura em que trabalhava como arranjador para outras editoras.
Fez os arranjos da canção "Por Morrer uma Andorinha" para Carlos do Carmo ainda na editora Philipps, que mais tarde assina pela Tecla e gravaram canções como "Gaivota", "Canoas do Tejo" e "Pedra Filosofal".
No cinema fez a banda sonora dos filmes "Portugal Desconhecido", de Raúl Faria, Belarmino (1964) de Fernando Lopes, "Campista em Apuros" de Herlander Peyroteo e "Sarilho de Fraldas" de Constantino Esteves.
A editora Tecla fechou após o 25 de Abril.
Criou a editora Jorsom onde edita trabalhos próprios, música clássica portuguesa, etc. Aos 70 anos continua a dirigir a sua orquestra de Jazz.
Em Nova Iorque (1973), no 'Institute of Audio Research' frequenta o curso de 'Audio Engeneering' , para produtores e arranjadores musicais.
Na Rádio Televisão Portuguesa (1980-1981), foi convidado por João Soares Louro, para trabalhar como assessor do Departamento de Programas Musicais e Recreativos na direcção de Carlos Cruz e Maria Elisa, vem a .exercer a função de subdirector de programas, onde promoveu a produção de programas de Jazz.
No Conservat6rio Nacional de Lisboa - Escola de Música – (1987-1989), iniciou a leccionação de Jazz , com a cadeira pós-graduação: "Introduçao ao Jazz".
As suas obras - jazz, câmara e sinfónicas - estão gravadas em disco e editadas em partituras, não só em Portugal, mas ainda em França, Espanha,. Brasil, Japão, USA, Inglaterra, Venezuela, Jugoslávia, Grécia.
Organiza e apresenta a sua Big Band , em Julho de 2003 , no “XXII Festival Internacional de Jazz do Estoril”; Hot Club de Portugal; Teatro Aberto, Lisboa (2004) "Quinto Funchal Jazz 04"; "Festival de Big Bands da Nazaré " "Lagos Jazz 2004" com assinalável acolhimento do público e da crítica especializada.
por Luís Ramos in:Antena 2