Recebi este mail do meu amigo Acácio Monteiro, que foi para mim uma novidade, assim publico o mesmo na integra
De: nunes [gilasio@gmail.com]
Enviado: segunda-feira, 7 de Janeiro de 2008 15:12
Para: fado.em.movimento@sapo.pt
Assunto: Uma curiosidade que me parece importante destacar
Constatei que numa entrevista feita a Mariza e publicada na revista TABU em 14 de Outubro de 2006 o seguinte texto, com algumas correcções semânticas feitas por mim:
“... já canto desde os 5 anos, mas cedo, não mais tarde que as dez e meia, punha o meu xaile e nessa altura tinha um cabelo enorme... Chamavam-me 'o passarinho'.
A minha mãe não achava piada nenhuma, mas o meu pai pegava em mim e íamos muitas vezes de moto, para as associações ouvir fados e cantar. Era um bicho, um vírus. Eu levava aquilo muito a sério, e já sentia a responsabilidade.
Nunca concorri à Grande Noite, o meu pai não achava piada a esse tipo de concurso e tentou proteger-me disso. Cantava fado vadio, mas nunca tinha entrado numa casa profissional. A primeira vez que tal aconteceu, foi na Adega Machado, tinha sete anos. O meu pai era muito amigo do filho do Alfredo Marceneiro, o Alfredo Duarte Jr., e ele convidou-nos, a lá ir uma noite, depois da ceia ele pôs-me em cima do pequeno palco e cantei, sem ter muito a noção do que era uma casa de fados profissional....
Em anexo uma provável fotografia do referido evento, aonde se destaca a famosa sala da Adega Machado. Para mim esta curiosidade revela uma cumplicidade histórica digna de referência e anotação.
Com um abraço de
Acácio Monteiro
Mariza aos 7 anos na Adega Machado