Nasceu em Lisboa na freguesia de Campo d´Ourique em 1938.
Aos oito anos de idade e com autorização do pai, inscreveram-na num concurso de fados do jornal Ecos de Portugal, cujos ensaios eram no Café Latino à Rua Ferreira Borges em Campo d´Ourique e a final seria no “Casablanca” do empresário José Miguel. Foi a grande vencedora do concurso sendo estrondosa e prolongadamente aplaudida. Coube à fadista Ercília Costa entregar-lhe o troféu, a Taça Amália Rodrigues, e a imprensa da época afirmava que, embora com oito anos o seu canto era "expressivo" com um estilo muito próprio, e uma garra de quem viria a ser uma grande cantadeira de fados, o que se concretizou, pois ainda hoje os críticos afirmam, que Maria Amália Proença tem uma voz característica e um estilo muito próprio, não deixando dúvidas a ninguém que a ouve, que aquilo que canta é Fado bem clássico. Após a vitória em 1946 conseguem-lhe uma autorização especial da Inspecção-geral dos Espectáculos, e o empresário José Miguel, contrata-a para actuar em todos os recintos que explora nomeadamente no “Casablanca”. Maria Amélia Proença integrou praticamente todos os elencos das casas de fado, nomeadamente o Café Luso, considerado "a Catedral do Fado". Participou em peças de teatro e vários programas de variedades, cegadas, etc. Em 1972 vai ao Extremo Oriente, numa digressão de mais de meio ano, tendo actuado em Macau, Singapura e Japão. Fez várias gravações cantando temas feitos especialmente para ela, mas também canta letras de outros repertórios se o tema lhe agrada. Uma das suas últimas gravações foi “ Fados do meu Fado” Teve actuações no Concertgebouw (Amesterdão), ou ao lado de Mariza no Royal Festival Hall, em Londres, ou no Le Carré, em França. No Concertgebouw cantou no Concerto do Milénio, em Janeiro de 2001, acompanhada pelo Nederlanders Blazers Ensemble para uma audiência de mais de um milhão de telespectadores. É a fadista com mais anos no activo, Maria Amélia Proença, já foi distinguida com o Prémio Carreira da Casa da Imprensa.
Tem uma 2ª geração fadista, embora não seja a cantar, o seu filho Carlos Manuel Proença, está no Fado, toca viola de acompanhamento e com bastante agrado de quem o ouve e de quem com ele tem cantado, igual opinião têm os seus colegas guitarristas, é aliás um dos músicos muito solicitado por fadistas de nomeada.
Foi agraciada com o prémio Amália Rodrigues na gala organizado pelo Museu Amália Rodrigues no ano de 2011.
Em 2012 foi homenageada na festa anual da Junta de Freguesia de Santa Isabel, festa de que fui o responsavel e apresentador.
Não Chamem Nomes ao Fado
Letra e Carlos Conde
Música Tulio Pereira
Video de Paulo Conde