.:: PALESTRA «A HISTÓRIA E OS SONS DOS CORDOFONES PORTUGUESES» ::.
Terça-Feira, 28 de Outubro // 18:00 h
Os cordofones portugueses estarão no centro de uma apresentação efectuada por José Lúcio, músico com mais de 40 anos dedicados à investigação que conheceu de perto os grandes mestres, investigadores e construtores, tendo reunido uma importante colecção.
No decorrer da sua palestra, José Lúcio aliará a palavra à música, interpretando pequenos temas para cavaquinho, bandolim português, viola da terra (Açores), rajão (Madeira), viola de fado e guitarra portuguesa (Coimbra), procurando destacar a riqueza e variedade da música e dos cordofones portugueses.
Esta palestra surge precisamente no âmbito de um exercício académico que procurará elaborar um projecto para criação de um Centro para a Guitarra Portuguesa, instituição de carácter museológico que terá como missão a promoção da música portuguesa e do seu artesanato instrumental, reunindo as colecções de José Lúcio.
Envolvendo as Universidades de Baltimore (EUA), do Minho e Nova, o referido exercício procurará conjugar aspectos museológicos e musicológicos com uma perspectiva económica de responsabilidade social.
.:: «RECORDAR ALFREDO MARCENEIRO» ::.
Terça-Feira, 28 de Outubro // 19:30 h
Recordar Alfredo Marceneiro é um espectáculo/palestra, som, animação de imagem e canto ao vivo conduzido e interpretado por Vítor Duarte “Marceneiro”, neto desse grande nome do Fado, em que se passa revista à sua biografia, ao mesmo tempo que se projectam fotografias de arquivo, excertos sonoros de filmes em que participou, capas de discos, cartazes de espectáculos, etc.
A acompanhar Vítor Duarte “Marceneiro” na sua apresentação, estarão músicos de reconhecido mérito como Luis Ribeiro (Guitarra Portuguesa) e Jaime Martins (Viola Baixo), não esquecendo a participação especial de José Lúcio (musicólogo / investigador) em Viola de fado.
» Mais informações em http://museu-musica.blogspot.com
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MUSEU DA MÚSICA
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site: www.museudamusica-ipmuseus.pt / blog: http://museu-musica.blogspot.com
Lisboa, 25 Out (Lusa) - Estudantes universitários norte-americanos estudam a possibilidade da colecção de instrumentos tradicionais de cordas do músico e estudioso José Lúcio tornar-se um Centro Museológico.
No âmbito deste "exercício académico", o músico organiza terça-feira um recital no Museu da Música, em Lisboa, ao Alto dos Moinhos, para os universitários de Baltimore, sobre os cordofones portugueses com exemplificações ao vivo.
Esta sessão em que tocará pequenos temas para cavaquinho, bandolim português, viola da terra (Açores), rajão (Madeira), viola de fado ou guitarra portuguesa realiza-se pelas 18:00 de terça-feira próxima e é aberta ao público.
À palestra de Lúcio, intitulada "A História e os Sons dos Cordofones Portugueses", seguir-se-á a apresentação de uma palestra/espectáculo "Recordar Alfredo Marceneiro" pelo seu neto, Vítor Duarte Marceneiro.
Distinguido este ano com o Prémio Amália Rodrigues Ensaio e Divulgação, Vítor Duarte Marceneiro é autor de duas biografias do seu avô e de uma de Hermínia Silva.
Em declarações à Agência Lusa, José Lúcio afirmou que "há o interesse por parte dos norte-americanos em construir um Museu vivo em Portugal" a partir da sua colecção.
"Um Museu em que, além de expor os instrumentos da minha colecção que são cerca de 300, vão-se fazer cursos em que as pessoas possam aprender a tocar cavaquinho, viola braguesa e guitarra portuguesa. Outra vertente é a manutenção de instrumentos antigos. Portugal deve ser o país com o maior número de instrumentos velhos que vão para o lixo porque ninguém os repara", disse.
"Nos nossos museus, se formos ao Verdades Faria [em Cascais], ou ao do Alto dos Moinhos, a maior parte dos instrumentos estão abandonados porque o Museu não tem ninguém que faça a manutenção, quer em termos de execução, como em verificar se um instrumento abriu rachas, partiu uma corda, etc.. A intenção é também criar um conjunto de postos de trabalho na área da musicologia", disse José Lúcio.
Este projectado Centro Museológico requer espaço para oficinas, salas de estudo e um pequeno auditório, além da área de exposição, segundo disse o músico.
O pequeno auditório é "essencial", pois seria um espaço para recitais de viola braguesa, bandolim ou guitarra portuguesa, "um hábito pouco comum entre os portugueses", frisou.
Referindo-se à sua colecção, José Lúcio afirmou à Lusa que já teve uma proposta para a vender a um museu do Sul de Espanha, mas "por enquanto fica por cá".
O músico chegou a apresentar um projecto à Câmara de Odivelas, que "se terá desinteressado, pois nunca mais disseram nada".
Uma rabeca chuleira ou violino de braço curto, construída em Portugal em 1802 e "em perfeito estado para ser tocada", é o instrumento mais antigo da colecção que começou a fazer há 40 anos e que tem cordofones representantes de todas as regiões do país.
Fonte ligada ao processo disse à Lusa que "o papel do Museu da Música é principalmente o de receber esta iniciativa e também trocar alguma informação, do ponto de vista da experiência".
José Lúcio disse à Lusa que "há um grande interesse dos norte-americanos pelo fado e a figura de Marceneiro", daí o convite ao seu neto.
"Eu podia falar de Marceneiro, mas se há o neto, que é um investigador, com material sobre ele, designadamente filmagens e fotografias, e ainda por cima canta, foi óbvio o convite", explicou.
A acompanhar Vítor Duarte Marceneiro estarão Luís Ribeiro (guitarra portuguesa), Jaime Martins (viola baixo) e o próprio José Lúcio (viola).
Nuno Lopes
Lusa/Fim