Vai fazer 4 anos foi apresentado no Museu do Fado, o DVD – Alfredo Marceneiro – Três Gerações de Fado.
Como estava na mesa, o meu filho filmou algumas partes da cerimónia, decidi na altura não o publicar, achei que poderia ser considerado pretensioso da minha parte.
Decidi montá-lo e apresentá-lo agora, porque na sequência da efeméride da comemoração dos 120º aniversário de meu avô, em que há uma edição a que dei o título de ALFREDO MARCENEIRO – O Patriarca do Fado.
O Museu do Fado ignora esta efeméride! Será que Alfredo Marceneiro não merecia um simples comunicado sobre o facto?
E os outros? Como a “memória é curta”….
O vídeo fala por si, acho que lhe poderia dar o título " Como se passa de BESTIAL a BESTA"
Pobres de espírito, a história nem que passe muitos anos, os julgará… ou não, porque quando perderem o apoio, passado meses já ninguém se lembra de vós, porque as vossas acções, com a capa de defensores do Fado e das suas tradições é elitista, o povo simples e amante do Fado, os intervenientes do Fado, que não os do “Lobbie”, estão a “leste” das vossas acções, mas não sou eu só que o digo, ouvi há dias uma reportagem da Antena 1, que o demonstrou.
O Fado agora é só para intelectuais…
“Os símbolos são gerados pelo povo, sejam políticos ou militares, sejam sábios ou médicos, sejam músicos ou cantores. É o povo o grande juiz: eleva os ídolos quando lhe agradam, os venera quando tal merecem; Mas também é o mesmo povo que os ignora quando são falsos.”
Enviado em comentário a esta página por Paulo Conde, bisneto e biógrafo do grande poeta Carlos Conde, tomo a liberdade de o transcrever, com o destaque que merece:
O FADO É DO POVO
O fado é bem do povo - e muito seu
O povo é que é juiz e há-de julgar,
Quem pensa ter chegado ao apogeu
Sem nunca ser capaz de lá chegar!...
O fado não punia dessa gente
Que o critica de mais em vários lados,
Nem pode consentir impunemente
Uma corja imbecil de mascarados!
O fado não precisa de elogios
Daqueles que não pretendem dar nas vistas,
Nem pode tolerar que haja vadios
Disfarçados com nome de fadistas...
O fado não precisa, que hora-a-hora,
O seu nome imortal ande na liça,
Nem pode ser a capa salvadora
Dalguns que devam contas à justiça!
No fado, felizmente, inda há fadistas,
Por isso tenho esp'rança, tenho fé,
Do público escolher os seus artistas
E o resto ser corrido a pontapé!...
Prosa de Carlos Conde
Nota: Para falar acerca do meu avô, fui convidado para uma entrevista conduzida por Júlio Isidro para a RTP-Memória, e para a Antena 1 e RDP- Internacional, com Edgar Canelas.
Esta é uma pequena homenagem a todos os funcinários do
Museu do Fado
e em especial à sua incansável Directora, Drª. Sara Pereira
Poema ao Museu do Fado
Poema de: José Estevam – Julho de 2007
Fui ao
E fiquei admirado
Ver tanta coisa bonita
Há fado há amizade
Podem querer que é verdade
Mas que coisa tão catita
Fica na Lisboa antiga
Ao lindo bairro de Alfama
Aonde o fado é cantiga
Pois não há nenhum drama
É um bairro de gente amiga
Que é um bairro com fama
Tem
Tem toda a graça do mundo
Tem que ser mais divulgado
Porque é Portugal enfim
Tem o fado que é de marfim
Por tudo isto não posso ficar calado
Um abraço a todos os fadistas
Um abraço aos guitarristas
Porque sem eles não havia fado
É gente que ama a vida
Porque ela é tão querida
Porque tudo nos é enviado
O MUSEU DO FADO
No Edifício do Recinto da Praia, frente ao Largo do Chafariz de Dentro, porta de entrada para o histórico Bairro de Alfama, instalou-se o Museu do Fado, inaugurado a 25 de Setembro de 1998, um projecto promovido pelo Pelouro de Reabilitação Urbana da Câmara Municipal de Lisboa. Este equipamento cultural, inteiramente consagrado ao universo do Fado e da Guitarra Portuguesa, constitui uma referência obrigatória no âmbito dos equipamentos culturais da cidade, promovendo aquela que é a sua expressão musical por excelência e integrando diversas áreas funcionais: um núcleo museológico com uma exposição permanente, um espaço de exposições temporárias, um Centro de Documentação, uma Loja, um Pequeno Auditório, uma Escola e um espaço de restauração/cafetaria.
Largo do Chafariz de Dentro, nº 1
1100-139 LISBOA
Tel: 218823470