Lisboa, Bela!
Quando Lisboa, se enfeita
Não é não, p'ra dar nas vistas
E à arte que os deleita.
De vermelho e sol doirado
Ou um cinzento azulado
Pungente, mas não dorido
E sempre numa algazarra
Pede à noite, p'ra ser dia
E ordena a quem lhe quer bem
E chama, num finca-pé
Vem Real Bordalo, vem!
E depois em cada tela
Como em rasgos de magia
O mestre, sim fantasia
Pinta Lisboa... a mais bela!
In Livro R. Bordalo pinta Lisboa