Era uma figura típica que percorria as ruas nos bairos, para reparar tachos penelas, etc.
Funileiro a trabalhar senrado num passeio de Rua
Exemplos de algumas ferramentea
Eram conhecido pelos "Vendedores da banha da Cobra". Traziam uma cobra numa mala e como era um animal que muita gente era a primeira vez que via ao vivo, nem davam pelas horas passarem a ouvir a prelecção.
Era pó para o estômago , era pó para a solitária etc...Era uma figura com um poder de palavra fora do comum aliado a uma capacidade de persuasão fantástica, que as pessoas acabavam por comprar os tais pós ou elixires.
"Petrolino"
"Pitrolino.... à porta (soprava uma pequena corneta característica)
Vendia porta a porta, petróleo, alcool de queimar, lixivia, azeite, sabão, etc..
São os pregões de Lisboa
Voz da vida, voz do povo,
Seu Fado, sua alegria!
E cada voz que apregoa
Tem um pregão sempre novo
P´ra cada hora do dia!
Francisco Radamanto
Segredos de Lisboa
Autor: Rogério Simões
Lisboa é linda mas tem segredos!
Perto do rio, correm para o mar
Por uma intemporal porta secreta
Eu vi as pernas, as mãos e os dedos,
De um velho amolador a amolar,
Numa simples roda de bicicleta.
Tinha uma pedra para afiar!
Tinha um pedal para pedalar!
Um corno pendurado para untar,
(E ao mesmo tempo para dar sorte)
Chaves de fendas para fixar,
Panelas e ferramentas de corte.
Escutei sete silvos de flauta no ar!
Dos contos que só contava ao serão.
- Já não tenho tesouras para aguçar!
Nem uso facas de tipo ameaçador.
- Olha o amolador! Olha o amolador!
Chove! Neste dia quente de verão.
Pregões de Lisboa
Poema de: Euclides Cavaco
Mal rompeu a madrugada,
Já Lisboa era acordada,
Com seus pregões matinais,
Pela varina peixeira ,
Lá prós lados da Ribeira,
Ou o ardina dos jornais.
A Rita da fava rica,
Que vem do bairro da Bica,
Traz pregões à sua moda.
E o homem das cautelas,
Diz p’las ruas e vielas,
Amanhã, é que anda a roda…
Apregoa-se a castanha,
Desde o Rossio ao Saldanha,
Os pregões são sempre assim,
Flores na Praça da Figueira
E diz cada vendedeira
Ó freguês!.. compre-me a mim !…
E de canastra à cabeça,
Quase até que anoiteça,
Há em mil bocas pregões.
Mas não se vê já passar,
A figura popular,
Da Rosinha dos limões !…