Tony de Matos canta: Vendaval
Letra de: A Rodrigues Música de: Joaquim Pimentel
António Maria de Matos (Tony de Matos), nasceu no Porto a 28 de Outubro de 1924.
Estreou-se em 1945 na Emissora Nacional no programa “ Hora de Variedades “ como cançonetista.
Fez teatro, cinema e esteve radicado algum tempo no Brasil, onde chegou a abrir em Copacabana o Restaurante “O Fados” Toni de Matos foi sem dúvida um cançonetista de rara sensibilidade e voz bonita, a suas interpretações fizeram vibrar corações, era um homem apaixonado e tinha indiscutivelmente uma alma bem fadista.
Em 1953 actua em Moçamedes.
Em 1955 fez parte de uma “embaixada” de artistas portugueses que foram actuar à Índia.
Grava o seu primeiro LP no Brasil em 1963
Na revista no Teatro ABC em 1968 na revista “Arroz de Miúdas” com Aida Baptista,, Carlos Coelho, Oscar Acúrcio, Delfina Cruz e Beatriz da Conceição, Toni de Matos canta um fado, que obteve um grande êxito - «O que sobrou da Mouraria».
Estreia-se no cinema em A Canção da Saudade (1964) de Henrique Campos, sendo ainda protagonista em Rapazes de Táxis (1965) de Constantino Esteves, O Destino Marca a Hora de Henrique Campos e Derrapagem (1972).
Toni de Matos era um homem que tinha muitos amigos e admiradores, pois tinha o dom natural de cativar quem com ele convivia.
Cantou canções, mas os fados que cantou, eram de alma fadista, e direi mais as canções que cantava, todas elas sabiam a Fado.
Alguns dos seus êxitos que nos ficarão na memória: Quando Cai uma Mulher; Só nós Dois; Romance Cigano; Quarto Alugado; Coitado do Zé Maria; Vendaval; Lugar vazio; De Homem para Homem; Fiz Leilão de Mim; Fado para dois: O Destino Marca a Hora; Trova do Vento que passa; Tu Sabes Lá; Maria do Céu; Vou Trocar de Coração; A Tal. Etc...
Faleceu em 1989, tendo a seu lado uma grande Senhora, Lídia Ribeiro, sua companheira de então.
Nota: Artur Ribeiro quando faz o poema A Rosinha dos Limões, oferece em primeira mão a Tony de Matos, que não gostou muito do tema, e não aceitou. Como se sabe, acabou por ser um êxito de sempre dos poemas de Artur Ribeiro, cantado por Max, e mais tarde Tony então grava o tema.
QUARTO ALUGADO
Repertório de Toni de Matos
Letra de: J. Maria Rodrigues
Música de: António Rodrigues
Daquele quarto alugado
Numa rua de Lisboa
O tempo correu à toa
Resta apenas a saudade
Ao relembrar o passado
Sinto que a vida correu
Nem és minha nem sou teu
Nem há sequer amizade
Daquele quarto alugado
Resta apenas a saudade
Naquele quarto alugado
Sem tristezas e sem dinheiro
Tendo o sol por companheiro
Só amor lá vivia
Era feliz nosso fado
O mundo só para nós dois
Veio o ciúme e depois
Morreu nossa alegria
Daquele quarto alugado
Só ficou a nostalgia