Américo Augusto da Conceição Ricardo, que adoptou como nome artístico, RICARDÃO, nasceu em Lisboa na freguesia do Socorro, a 22 de Junho de 1951.
Muito jovem foi com os pais para Angola, onde cresceu e se fez homem.
Muito cedo sentiu vocação para a música, tendo começado por aprender a tocar viola.
Aos catorze anos, forma o seu primeiro conjunto, actuando em festas e animação de bailes, tendo prosseguido, com outros grupos, como, A Teima, Windies, Blue River etc.
Em 1975 regressa a Portugal, e em 1980 iniciou a carreira como entertainer em bares e festas, conhecendo o Milo do “Duo Ouro Negro”, de quem se torna amigo, passando a actuar no bar deste, o “HIT” , situado na Rua Antero de Figueiredo, a Alvalade.
Mas os espectáculos não foram a sua actividade principal, pois em 1977 concorre, e é aceite para os quadros da PSP, onde se manteve no departamento de "Investigação Criminal”, até há bem pouco tempo.
Actualmente é gerente de numa cadeia de restaurantes.
Ricardo sempre gostou de Fado, como pessoa bem disposta e divertida que é, começa em tom de brincadeira a cantar nas músicas do Fado clássico, alguns temas de Fado humorístico, que têm tal aceitação, que começa a ser muito solicitado para os cantar, o que o leva a escrever inclusive alguns poemas deste género, como, O Cume da Serra, Os Dois Amigos, Fado do Adivinho, Bairro Catita, etc. Está inscrito na SPA.
Participou no “1º. Festival de Interpretes do Fado da RTP em 1994” tendo chegado à final, com o Fado humorístico “ O Adivinho”, que se realizou no Coliseu do Porto. Nesta final fica classificado para ser um dos artistas que será exibido no programa gravado da RTP, mas dois membros do júri, (Rosa Lobato Faria e Carlos do Carmo) com influência na produção, conseguem (à boa maneira dos censores defensores dos bons costumes! ) que não este tema não fosse exibido ao púbico televisivo, mas sim, um outro que consideraram menos (chocante!) …
Participou em espectáculos da Feira Popular, que eram então apresentados por Luís Pereira de Sousa e Carlos Ribeiro.
Ganhou Menção Honrosa, num “Festival de Humor da Inatel”, onde Juca Chaves, esteve também como participante, tendo sido apelidado por muitos admiradores, a partir dessa altura, como, o Juca Chaves português.
Grava o seu primeiro disco com o título “Anedotas com Violão”.
Participou no Big Show Sic, quando do lançamento do seu segundo disco “Humor de Ricardão”, tendo mais tarde lançado o seu primeiro CD, com o título “Fado Humorístico”.
Participou em vários espectáculos com a maioria dos cantores e artistas do nosso País.
Foi convidado especial no programa “A Vida é Bela” da TVI, interpretando o sketch de, “Dr. Amor”.
Foi convidado do programa “Levanta-te e Ri” da SIC.
Nos anos oitenta, pelo Carnaval, a Adega Machado, para animar os intervalos, nas noites de Fado, convidou vários anos o RICARDÃO, que se tornou amigo de meu pai Alfredo Duarte Júnior, que ali estava contratado, para participar com o seu número de “BandaRicardão”.
Continua a participar e a realizar espectáculos com a sua “BANDARICARDÃO” como animador e pivot.
Ricardão fez questão de me afirmar, que nunca se tinha intitulado fadista, e que nutria o maior respeito e admiração pelo Fado, e por todos os seu interpretes. Manifestou-me também, o seu orgulho por ter trabalhado com grandes nomes do Fado, tendo referido, o meu pai, “o que muito agradeço”. Ha ! sinto-me completamente fora de moda...porque, raramente se ouve Fado humorístico. (transcrição integral da sua afirmação)
bandaricardao@netcabo.pt
Vítor Marceneiro
Fado do Adivinho
Letra de: Ricardão
Música: Fado Tradição
(O tal tema, que escandalizou os tais...)