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Associação Cultural de Fado

"O Patriarca do Fado"
Sexta-feira, 1 de Julho de 2016

SANTA ISABEL - Rainha de Portugal

Isabel de Aragão era  filha do rei de Aragão, D. Pedro III, e nasceu no ano de 1271.

Contava apenas 12 anos quando recebeu o pedido de casamento da parte de três príncipes, entre eles, o nosso D. Dinis.
Os reis de Aragão decidiram consagrar a mão de sua filha, ao rei português, dada a proximidade e as boas relações entre os reinos.
Casaram por procuração a 11 de Fevereiro de 1282, apenas 4 meses depois ela atravessaria a fronteira, por Trancoso, afim de celebrar o acontecimento. Trancoso seria então incluído no dote oferecido por D. Dinis à rainha, assinalando o seu local de entrada no reino.
Dona Isabel gostou tanto de Portugal e do povo que se tornou uma das rainhas mais importantes e mais conhecida. Por onde passava, fazia transparecer o seu amor e bondade. Gostava muito de ajudar os pobres, embora o seu marido não gostasse muito.
 D. Dinis cedo se revela um homem violento, infiel e de má vontade no seu casamento. É conhecida a numerosa prole do rei, que, mantendo diversas relações extra-conjugais , acabava produzindo uma descendência ilícita que trazia para a Corte. Aqui se destaca o comportamento da rainha, que, apesar de humilhada, terá mantido o respeito e a bondade para com D. Dinis, acolhendo, amando e educando os filhos ilegítimos do marido, como se seus fossem.
Confeccionando roupas para pobres, visitando enfermos e idosos, patrocinando a construção de albergues ou um hospital para os mais necessitados, escolas, um lar para meretrizes convertidas, outro para órfãos, para além de conventos e de todo um trabalho junto das ordens religiosas.
Consta que uma das suas obras de caridade consistia na distribuição assídua de pão pelos mais pobres. Sendo o ano de 1333 um ano de carência e maior fome, ter-se-á o rei oposto a este tipo de prática, que constituiria grande despesa para a sua Casa. Isabel terá então vendido algumas das suas jóias para poder comprar trigo, que lhe permitisse manter o hábito. Ora, num desses momentos de distribuição o rei terá aparecido, indignado, reagindo a rainha com a ocultação dos pães que trazia consigo no regaço, procurando evitar a censura do marido. Percebendo o seu gesto apressado, D. Dinis terá perguntado – Que tendes em vosso regaço senhora? – Ao que Isabel teria respondido – São rosas senhor…! – Rosas em Janeiro?! Deixai que as veja então! – E soltando as vestes, eram de facto rosas que caíram ao chão, pelo que diz a lenda que teria sido este o seu primeiro milagre.
Fez tantos milagres e evitou tantas brigas e lutas que era conhecida pela "Rainha Santa" e "Rainha Medianeira".
Dona Isabel, Rainha de Portugal, faleceu em Estremoz, a 4 de Julho de 1336.
Foi beatificada pelo Papa Leão X em 1516, vindo a ser canonizada, por especial pedido da dinastia filipina, que colocou grande empenho na sua santificação, pelo Papa Urbano VIII em 1625.
in Wikipédia
 
Alfredo Marceneiro canta: Rainha Santa
 
 
 
 

"RAINHA SANTA"  

Letra de: Henrique Rêgo

Música de: Alfredo Marceneiro

 

Não sabes Tricana linda

Porque chora quando canta

O rouxinol no choupal

É porque ele chora ainda

P´la Rainha mais Santa

Das Santas de Portugal

 

                                                     Rainha, que mais reinou

                                                     Nos corações da pobreza

                                                     Que no faustoso paço

                                                     Milagreira portuguesa

                                                     Que no seu alvo regaço

                                                     Pão em rosas transformou

 

E as lindas rosas geradas

Por um milagre fremente

Que a Santa Rainha fez

Viverão acarinhadas

Com amor eternamente

 No coração português

 

                                                      Santa Isabel, se algum dia

                                                      Seu nome de eras famosas

                                                      Fosse esquecido afinal,

                                                      Outro milagre faria

                                                      De nunca mais haver rosas

                                                      Nos jardins de Portugal.

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Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, assim como registo na Sociedade Portuguesa de Autores, sócio nº 125820, e Alfredo Marceneiro é registado como marca nacional no INIP, n.º 495150.
Viva Lisboa: Grande História tem Portugal
música: Rainha Santa
publicado por Vítor Marceneiro às 00:00
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