1O de JANEIRO de 1978
Num trágico acidente de automóvel faleceu o cantor TRISTÃO DA SILVA
o mundo artista está mais pobre.
Faz hoje 30 anos que partiu do nosso convivio Tristão da Silva, já aqui tinha sido homenageado, mas hoje é sentidamente que o relembro.
Tristão da Silva, um alfacinha de gema, nasceu na Penha de França, em 17 de Julho de 1927.
Em 1937 usava o nome artístico Manuel da Silva passando a ser apelidado de “Miúdo do Alto Pina” é aos 10 anos de idade que é contratado pelo empresário José Miguel para actuar no Café Mondego, de que este é proprietário, mas devido a ser menor, a Inspecção de Espectáculos só lhe permite actuar aos Domingos às “matinée”.
Adopta finalmente o nome artístico de Tristão da Silva, durante a sua carreira tem imensos êxitos é raro o poeta que não deseja que ele interprete os seus poemas.
È frequentemente convidado para actuar fora do país, principalmente no Brasil, onde chega a ter um Restaurante com Fados, mas nunca esqueceu o colorido e o tipicismo da sua Lisboa, e acabo por regressar.
Tive o prazer de estar com ele em cartaz no Restaurante Típico Luso no Bairro Alto, quando da sua reabertura em 1971.
O seu vasto repertório em dividia-se entre o fado e a canção, mas Tristão da Silva quer em poemas de fado ou de canção, interpretava-os com tal “garra” que nos deliciava, não há dúvidas que tinha alma fadista, que foi um grande cantor. Aliás sobre Tristão da Silva. disse o grande poeta Carlos Conde:
Justamente consagrado
Todos sabem que o Tristão,
Tem sido grande no Fado
P´ra ser maior na canção!
Não pediu vez a ninguém
P´ra chegar onde chegou,
O prestigio que hoje tem
A seu tempo o conquistou!
O Tristão não é dos tais
Que julgam muito saber,
Por isso é que vale mais
Do que o julga valer!
Tristão da Silva canta:
Calçada da Glória
Autoria de: Álvaro Duarte Simões
Tristão da Silva Canta:
Lisboa é Sempre Lisboa
De Artur Ribeiro e Nobrega e Sousa