Alfacinha de gema, nasceu na freguesia da Penha de França a 17 de Julho de 1927.
Em 1937 usava o nome artístico Manuel da Silva passando a ser apelidado de “Miúdo do Alto Pina” é aos 10 anos de idade que é contratado pelo empresário José Miguel para actuar no Café Mondego, de que este é proprietário, mas devido a ser menor, a Inspecção de Espectáculos só lhe permite actuar aos Domingos às “matinée”.
Adopta finalmente o nome artístico de Tristão da Silva, durante a sua carreira tem imensos êxitos é raro o poeta que não deseja que ele interprete os seus poemas.
È frequentemente convidado para actuar fora do país, principalmente no Brasil, onde chega a ter um Restaurante com Fados, mas nunca esqueceu o colorido e o tipicismo da sua Lisboa, e acaba por regressar.
O seu vasto repertório em dividia-se entre o fado e a canção, mas Tristão da Silva quer em poemas de fado ou de canção, interpretava-os com tal “garra” que nos deliciava, não há dúvidas que tinha alma fadista.
Somos Dois Loucos
A Calçada da Glória
Aquela Janela Vira p´ro Mar
Etc.
O seu passatempo preferido era jogar de bilhar, foi considerado a um bom executante, tinha uma variada colecção d tacos, que frequentemente exibia no Café Lisboa.
Em 1978 num infeliz acidente de automóvel deixou-nos prematuramente.
Tristão da Silva deixa descendentes, o seu filho Tristão da Silva Jr. tem seguido as pisadas do pai, cantando os seus maiores êxitos.
Cronologia:
1937 É contratado com apenas nove anos, para actuar no Café Mondego, de Lisboa.
1954 Após anos de actuações
regulares em casas de fado, grava o seu primeiro grande sucesso: Nem às Paredes Confesso.
1955 Digressão à Madeira.
1956 Deslocação a Espanha, para gravação de uma série de discos. Digressão em África.
1957 Foi o segundo artista português a actuar na RTP, num programa ainda transmitido a partir da Feira Popular de Lisboa.
1960 Digressão ao Brasil, que durará quatro anos, e que inclui, igualmente, actuações na Bolívia, Chile, Paraguai, Argentina, Uruguai, Peru. Receberá o galardão de melhor atracção de music-hall internacional em São Paulo.
1964 Por insistência de Vasco Morgado, regressa triunfalmente a Portugal e integra o elenco da revista Férias em Lisboa. Volta ao Brasil para resolver alguns negócios.
Ainda neste ano R
regressa a Portugal e retoma o circuito das casas típicas e das boites.
1970 È contratado para o elenco do Café Luso na sua reabertura, elenco do qual eu fiz parte, o que permitiu conhecer mais profundamente, quer o homem, quer o artista.
1978 faleceu vítima dum trágico acidente de automovel.
Tristão da Silva
Canta: Calçada da Glória
Autor da música e letra: Álvaro Duarte Simões
Tristão da Silva, por Carlos Conde
Justamente consagrado
Todos sabem que o Tristão,
Tem sido grande no Fado
P´ra ser maior na canção!
Não pediu vez a ninguém
P´ra chegar onde chegou,
O prestigio que hoje tem
A seu tempo o conquistou!
O Tristão não é dos tais
Que julgam muito saber,
Por isso é que vale mais
Do que o julga valer!
1O de JANEIRO de 1978
Num trágico acidente de automóvel faleceu o cantor TRISTÃO DA SILVA
o mundo artista está mais pobre.
Faz hoje 30 anos que partiu do nosso convivio Tristão da Silva, já aqui tinha sido homenageado, mas hoje é sentidamente que o relembro.
Tristão da Silva, um alfacinha de gema, nasceu na Penha de França, em 17 de Julho de 1927.
Em 1937 usava o nome artístico Manuel da Silva passando a ser apelidado de “Miúdo do Alto Pina” é aos 10 anos de idade que é contratado pelo empresário José Miguel para actuar no Café Mondego, de que este é proprietário, mas devido a ser menor, a Inspecção de Espectáculos só lhe permite actuar aos Domingos às “matinée”.
Adopta finalmente o nome artístico de Tristão da Silva, durante a sua carreira tem imensos êxitos é raro o poeta que não deseja que ele interprete os seus poemas.
È frequentemente convidado para actuar fora do país, principalmente no Brasil, onde chega a ter um Restaurante com Fados, mas nunca esqueceu o colorido e o tipicismo da sua Lisboa, e acabo por regressar.
Tive o prazer de estar com ele em cartaz no Restaurante Típico Luso no Bairro Alto, quando da sua reabertura em 1971.
O seu vasto repertório em dividia-se entre o fado e a canção, mas Tristão da Silva quer em poemas de fado ou de canção, interpretava-os com tal “garra” que nos deliciava, não há dúvidas que tinha alma fadista, que foi um grande cantor. Aliás sobre Tristão da Silva. disse o grande poeta Carlos Conde:
Justamente consagrado
Todos sabem que o Tristão,
Tem sido grande no Fado
P´ra ser maior na canção!
Não pediu vez a ninguém
P´ra chegar onde chegou,
O prestigio que hoje tem
A seu tempo o conquistou!
O Tristão não é dos tais
Que julgam muito saber,
Por isso é que vale mais
Do que o julga valer!
Tristão da Silva canta:
Calçada da Glória
Autoria de: Álvaro Duarte Simões
Tristão da Silva Canta:
Lisboa é Sempre Lisboa
De Artur Ribeiro e Nobrega e Sousa
Tristão da Silva, canta "Aquela Janela Virada p´ró Mar"
Manuel Martins Tristão da Silva era um alfacinha de gema, que nasceu na Penha de França, em 17 de Julho de 1927.
Em 1937 usava o nome artístico Manuel da Silva passando a ser apelidado de “Miúdo do Alto Pina” e aos 10 anos de idade é contratado pelo empresário José Miguel para actuar no Café Mondego, de que este é proprietário, mas devido a ser menor, a Inspecção de Espectáculos só lhe permite actuar aos Domingos às “matinée”.
Adopta finalmente o nome artístico de Tristão da Silva, tendo durante a sua carreira tido imensos êxitos. È raro o poeta que não deseja que ele interprete os seus poemas.
È frequentemente convidado para actuar fora do país, principalmente no Brasil, onde chega a ter um restaurante típico com cozinha portuguesa e com Fados, nunca esquecendo o colorido e o tipicismo da sua Lisboa, onde acabou por regressar.
O seu vasto repertório dividia-se entre o fado e a canção, mas Tristão da Silva, com o seu grande talento deliciava-nos com as suas interpretações, dando-lhe tal “garra” fazendo sobressair a sua alma fadista, tais como:
Somos Dois Loucos
A Calçada da Glória
Aquela Janela Virada p´ro Mar
Ai se os meus olhos falassem
Mulher Deixada. etc.
O seu passatempo preferido era jogar bilhar, sendo considerado um bom executante
Um infeliz acidente levou-o prematuramente.
Tristão da Silva deixa descendentes, até este momento julgo que só o seu filho Tristão da Silva Jr., que a par com outra profissão, tem seguido as pisadas do pai, cantando os seus maiores êxitos.
Tristão da Silva
Justamente consagrado
Todos sabem que o Tristão,
Tem sido grande no Fado
P´ra ser maior na canção!
Não pediu vez a ninguém
P´ra chegar onde chegou,
O prestigio que hoje tem
A seu tempo o conquistou!
O Tristão não é dos tais
Que julgam muito saber,
Por isso é que vale mais
Do que o julga valer!
Versos de: Carlos Conde
À PROCURA DO FADO
Letra de: Frederico de Brito
Lisboa de lado a lado
Corri de noite e de dia
Fui à procura do Fado
Que fugiu da Mouraria.
Bati às portas d'Alfama
Disseram-me com desgosto
Que se limpara da lama
E saiu todo bem posto.
Fui depois ao Bairro Alto
Onde o Fado era bemquisto
Pus o bairro em sobressalto
Mas ninguém o tinha visto.
Andei pela Madragoa
Sem lá o ter encontrado
Em suma: corri Lisboa
E não encontrei o Fado.
Confesso que não o vi
Nem pelas tascas vizinhas.
Se alguém o vir por ai
Dê-lhe lá saudades minhas.