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Associação Cultural de Fado

"O Patriarca do Fado"
Sexta-feira, 11 de Setembro de 2009

Poeira e Natas!!!...

No dia 21 de Agosto recebi um mail de &KTAL, com um artigo da HARDMUSICA sobre uma entrevista dada por Carlos do Carmo:

De: &KTAL [mailto:0161867102@netcabo.pt]
Enviada: sexta-feira, 21 de Agosto de 2009 3:32
Para: Undisclosed-Recipient:;
Assunto: CARLOS DO CARMO: "Tudo o que seja tirar a poeira e os preconceitos, só me pode encher de alegria"

«Em Janeiro fui a Paris de propósito para um "workshop" onde estava a nata da sociedade francesa e estavam também os principais directores da UNESCO. Fiz uma espécie de conferência cantada falando e cantando e as pessoas terminaram encantadas e despertas para a situação e dizendo-me, "mandem-nos com urgência isso. Muito interessante, que canção tão interessante". Portanto agora vamos entrar na pior fase disto, que é a burocracia, com o Ministério da Cultura e com o dos Negócios Estrangeiros, à portuguesa. Vamos ver se haverá da parte dos ministérios bom senso de não empatar as coisas. Para não ficarem nas gavetas, de não se arrastar indefinidamente, porque a UNESCO está apenas à espera.»

 

Leia a entrevista em www.hardmusica.pt

 


Qualquer pessoa pode  tirar as ilações que muito bem quiser, mas há factos nesta notícia, que são de comentar:

- Isto passou-se em Janeiro, pelo que parece que era muito importante, mas só agora é noticiado!

- Houve há pouco tempo um espectáculo/promoção no Museu do Fado em que o “Fado na Unesco” foi o assunto nuclear. Consta que no final o Presidente da C.M.L., Dr. António Costa informou que tinha falado com o nosso Embaixador na UNESCO, Dr. Maria Carrilho, e este ao tomar conhecimento do assunto?!, (não sabia?), informou que tinha muito gosto em entregar o projecto assim que o mesmo fosse entregue.

(Então não teria de ser os Embaixadores Carlos do Carmo e Mariza, não há direito depois de tanto empenho), digo isto porque, há uns tempos atrás soubemos pela comunicação social (alguma), que Carlos do Carmo afirmou: — Recebi um telefonema em que me cumprimentavam como Sr. Embaixador…… blá, blá, resumindo, alguém o tinha nomeado a ele e à Mariza Embaixadores para o Projecto do Fado a Património da Humanidade na UNESCO. !!!

 - Agora canta para a "NATA" da sociedade francesa, que pelos vistos não o conhecia nem ao Fado?

- Qual será o conceito de NATA DA SOCIEDADE, para um homem que se intitula de esquerda!?

- Os Senhores da Unesco, idem, que segundo parece,  nem têm pelouros específicos, vão todos ao mesmo!

Exclamam: Muito interessante, que canção tão interessante, mandem-nos com urgência isso.

Mas o mais interessante, é que já se vislumbra o que vai acontecer, como se pode verificar Carlos do Carmo, já começa a sacudir a água do capote….AGORA VAMOS ENTRAR NA PIOR FASE DISTO, QUE É A BUROCRACIA, COM O MINISTÉRIO da CULTURA E COM O DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS, À PORTUGUESA.

…. A UNESCO SÓ ESTÁ À ESPERA….

Agora fico á espera dos aficionados "do charmoso" que me vão rebater isto, força pois como sabem este blogue não tem censura (se não houver ofensas para ninguém), estamos a discutir ideias e aldrabices…. TIRAR POEIRA DOS OLHOS E ACABAR COM OS PRECONCEITOS, DESMASCARAR ESTA E OUTRAS ARTIMANHAS…. SÓ NOS PODE ENCHER DE ALEGRIA.

                               

Recebi também do comentador Fernando Zeloso, (anti-poeira nos olhos, anti-preconceitos e grande admirador como eu de pastéis de NATA, estes sim muito nossos,  e muito bons, acessíveis a todas as classe da sociedade (claro quem não pode comer uma dúzia, contenta-se com um) porque os tais senhores,  que são os da tal NATA, nós já sabemos camarada... ELES COMEM TUDO.

 


RESPOSTA À HARDMUSICA SOBRE A ENTREVISTA A CARLOS DO CARMO!!!

 

"Tudo o que seja tirar a poeira e os preconceitos, só me pode encher de alegria"! (Carlos do Carmo)

 

Quando Carlos do Carmo fala de poeira, está a referir-se precisamente à poeira que ele anda há 50 anos a atirar para os olhos dos Fadistas e dos Portugueses em geral, sobretudo, quando (como "fadista" que se crê) "orgulhosamente só", cantou 8 canções no Festival de Canção de 1967 (porquê um "fadista"?). Não havia cançonetistas? Não foi para agradar a gregos e a troianos?

Com a vigarice do Prémio Goya, com esta Candidatura e com o filme "Fados-Saurganhada" e, quando disse à revista "Espiral do Tempo" que: "Amália era uma mulher triste que cantava um fado menor, um fado triste, enquanto eu e Mariza cantamos um fado corrido, um fado maior!"

Claro, que falar assim, invejosamente, para os Portugueses, da melhor cantora e fadista portuguesa de todos os tempos, que espalhou todo o tipo de fados, marchas de Lisboa, folclore italiano, flamenco, rancheras, havaneras e todo o folclore português pelo mundo inteiro, é mesmo de quem não tem poeira, mas sim, cimento armado no cérebro!

Os preconceitos no Fado e os complexos também são só dele; Senão vejamos: Ele até nem faz concertos, ele passeia a sua Fraka Sinatrisse em Recitais de Fado com sinfonieta, tudo pago com o dinheiro do Povo. E, os outros? Tudo para alimentar a loucura de ser eternamente um efeito secundário de Frank Sinatra! E foi, nesse sentido, que ele trouxe antipatrioticamente para o Fado, o contrabaixo (instrumento sem portugalidade, sem imagem, sem nacionalidade, sem capacidade e sem sonoridade fadista) tudo em deterimento da viola-baixo portuguesa, única no mundo e em extinção, graças aos seus complexos e preconceitos de Frako Sinatra.

Poeira na cabeça é o pretensiosismo de dizer ter cantado no Royal Albert Hall e na Alte Oper de Frankfurt, sem explicar aos seus "fãs" que nessa Casa de Espectáculos alemã, foi Amália Rodrigues que "abriu a porta" a ele e aos outros cantadores, cantores e guitarristas abaixo mencionados. O Sr. Carlos do Carmo devia explicar ainda que, na Alte Oper de Frankfurt existem 4 Salas que são alugadas em função da dimensão artística atribuída à arte que ali se pretende exibir, que vai desde o Circo até ao Bel Canto, passando pelo Fado. Essas Salas designam-se por Grosser Saal, Mozart Saal, Hindemitte Saal e Opernkeler. Para deixar aqui a verdadeira noção do que é cantar na Alte Oper de Frankfurt, aqui fica a lista cedida pelo empresário TFM-Teo Ferrer de Mesquita, de todos os artistas portugueses que até 1987 pisaram o palco da Alte Oper, sem nunca esse acontecimento ter sido divulgado aos portugueses, salvo o sinátrico "Recital" de Carlos do Carmo.

Para que fique bem claro, passo a indicar os nomes dos portugueses que actuaram nesse espaço:

António Chainho, Carlos do Carmo, Carlos Paredes, Carlos Salomé, Fausto, Fernando Alvim, Fernando Correia Martins, Francisco Fanhais, Grupo de Guitarras e Cantares de Coimbra (Alfredo Correia, António Brojo, António Portugal, Fernando Machado Soares, Luis Filipe e Luis Marinho) Janita, José Afonso, José Maria Nóbrega, José Mário Branco, Júlio Pereira, Luisa Amaro, Martinho d'Assunção, Paco Bandeira, Pedro Caldeira Cabral, Rodrigo, Sérgio Godinho, Teresa Silva Carvalho, Trovante (Artur Costa, Fernando Júdice, João Gil, José Martins, José Salgueiro, Luis Represas e Manuel Faria) e Vitorino! 

Imaginem, até 2009, quantos mais lá passaram sem os portugueses saberem! Assim, conclui-se que nos Casinos do Estoril ou de Lisboa, a divulgação internacional dos artistas é muito superior à da Alte Oper de Frankfurt ou do Royal Albert Hall, onde nestes casos, só vão portugueses!

Os fadistas são cultos e inteligentes o suficiente para saberem que já desde há séculos, a música quando nasce é imediatamente Património da Humanidade! Portanto, o Fado já é há séculos esse Património, mesmo antes de ter "vindo do Brasil" e de ser estúpida e antipatrioticamente considerado uma "Canção de Lisboa", o que nos leva a crer que se o Fado só é Património de Lisboa e não Nacional, não será nunca Património da Humanidade!

É preciso ser-se estupidamente ignorante em FADO e julgar os outros ainda piores, para se ter a lata de ver em Carlos do Carmo, aos 70 anos, o "Anjo da Anunciação" que se desloca a Paris para anunciar aos franceses a chegada do Fado!!!

Faz-me lembrar os próprios francesas a anunciar anualmente a chegada do Beaujolais (vinho)! Os franceses já conhecem o Fado de cor e salteado porque lhes foi mostrado, cantado e explicado por AMÁLIA durante 50 anos! Por isso, ninguém disse ao "Embaixador da mentira" - muito interessante, que canção tão interessante"!

Será que a Hardmusica não sabe que já há 40 anos, um senhor do Mundo que dá pelo nome de Charles Aznavour, se dignou fazer um Fado para Nossa Senhora do Fado, com poema em francês, com o título "Aie Mourir pour toi"? Será que a Hardmusica não sabe que o mesmo C. Aznavour voltou a fazer o mesmo, recentemente, com Kátia Guerreiro, sem nunca, em 50 anos, se ter apercebido da existência de Carlos do Carmo ou da Semi-Lusa? Porque será? Que disparate é esse do "Centro Histórico de Guimarães estar sempre impecável, sempre limpo, sempre cuidado, sempre retocado, sempre, sempre, sempre!" (palavras de C. Carmo)

Será que a Candidatura do Fado é para a UNESCO obrigar o "Museu" - Barraca do Fado da Guitarra do Contrabaixo e da Sinfonieta - a estar sempre limpinho, retocado e conservado? Será que a UNESCO vai criar a ASAE do FADO por motivos de higiene no Museu da Juventude, nas Casas de Fado e nos Fadistas? É para isto que querem a Candidatura? Antes de publicar este tipo de entrevistas, desalmadamente anormais e mentirosas, a Hardmusica devia saber que para além das versões em francês de "Lisboa não sejas francesa", "Vou dar de beber à dor", "Coimbra", "Canção do Mar", etc., etc., cantadas por Ivette Giraud, Hellene Segara, Sara Brightman, etc., já em 1949, há portanto 60 anos, no dia 14 de Abril desse ano, no jornal francês "Les Nouvelles Litéraires" o grande jornalista da cultura universal Robert Kemp, referindo-se a AMÁLIA, dizia com o título "Découvert do Fado" o que passo a transcrever: "não compreendo nem uma das traiçoeiras palavras. Mas no belo rosto que a dor crispa e empalidece, a que um ímpeto de amor ou uma surpresa de prazer dão cor, vemos passar todos os estados da paixão. Os seus arrulhos de rola são confissões. Tem um fôlego inesgotável que aquece o fim das frases, num timbre gutural que professor algum cinzelou. Um timbre gutural, carnal, mais ligeiro do que o de Damia. O próprio timbre da língua portuguesa que rola em R os Ls e os Is das outras línguas românticas cujas asperezas são carícias."

Portanto, se não vivêssemos num País desgovernado por um bando de galinhas sem cabeça, o Sr. Carlos do Carmo, já há muito teria sido patriotica e culturalmente fuzilado!

 

Palavras da Salvação

A Bem da Nação Fadista

Fernando Zeloso

Licença Creative Commons
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, assim como registo na Sociedade Portuguesa de Autores, sócio nº 125820, e Alfredo Marceneiro é registado como marca nacional no INIP, n.º 495150.
publicado por Vítor Marceneiro às 17:47
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Segunda-feira, 6 de Julho de 2009

OPORTUNISTA!... esclarece

Como sabem não faço censura no meu blog, assim, recebi ontem nos comentários da minha página publicada no dia 29 de Fevereiro com o título "LISBOA A CIDADE MAIS CANTADA DO MUNDO ver link: http://lisboanoguiness.blogs.sapo.pt/156738.html assinado por mais um dos milhares de incógnitos que se intitulou ele próprio de OPORTUNISTA.

Passo com o devido destaque o texto na integra:

 

Olá Lisboa no Guiness,

Oportunista, deixou um comentário ao post PROJECTO "LISBOA NO GUINESS, A CIDADE MAIS CANTADO DO MUNDO" às 03:01, 2009-07-05.

Comentário:
Chantagem, é o que está a fazer. Inventa um projecto QUE NÃO INTERESSA e depois chora se não lhe dão dinheiro para o fazer? "A cidade mais cantada do mundo"? Que disparate. Está mesmo à espera que as outras cidades do mundo corram a ver o quão são cantadas para eventualmente reclamarem o recorde? E não reparou que o recorde é 100% comercial, e ia figurar ao lado dos recordes mais estúpidos, o que não seria nada digno de um património da Humanidade como se está a tentar que seja? Vá lá que o consultor da EGEAC desta vez fez bem em negar a sua birra. Pare de querer sacar dinheiro público e monte a sua empresa com capitais próprios: faça o levantamento, publique um livro e com os royalties do livro pague-se. OK?

Agradeço a este caro Oportunista, pois pela primeira vez alguém se permitiu comparar o meu projecto de colocar Lisboa no Guiness  como a Cidade Mais Cantada do Mundo, com o projecto de propor à UNESCO, o Fado como património imaterial da humanidade, assunto ao qual eu nunca me referi, nem estabeleci qualquer comparação com o meu projecto. Mas sabendo por terceiras pessoas que muito do meu material editado quer em livros quer no blog, foi utilizado.

Nem respondo ás provocações que me fazes de cariz bem "ordinário", seria descer ao teu nível, porque tu sabes bem que eu pelo "ID" amanhã já sei quem és,  (aliás bastava ver que no fim das minhas páginas está devidamente informado que o autor do blog adoptou guardar os registos dos "ID" dos contactos).

Fiquei a saber que foi um consultor?! que , inviabilizou o meu projecto......esta é que eu não sabia,  que ele já tem poderes decisórios....

Mas quis o acaso que me informassem hoje, de um artigo do meu amigo Fernando Zelozo. publicado no Portal do Fado, que eu transcrevo na integra, e podes crer que ainda vais ser catalogado como bajulador (aliás já estás a ser topado)  e cumplice de um projecto falhado, e condenado ao insucesso,  que só se ficará a dever " AOS AMANTES DO PROTAGONISMO...EXACERBADO E OPORTUNISTA, E QUE JÀ CUSTOU, ESTE SIM UNS MILHARES DE EUROS AO ERÀRIO PÙBLICO".

  

A TRAFULHICE DA CANDIDATURA DO FADO

2009/07/06 15:50       

 

Claro que tudo isto só pode ser uma trafulhice!!! Um negócio que, à partida, como todos os fadistas sabem, não traz consigo mais do que o saque do dinheiro do Povo! É claro que a UNESCO não pode, mesmo que queira, manifestar o mínimo interesse por essa candidatura porque graças aos académicos (formados em tudo, menos em Fado) este está tão cheio de contradições, de diversidade biográfica, histórica, musical, poética e estética que não sendo material palpável, o Fado não oferece, por isso, sequer a possibilidade de ser fisicamente analisado, “restaurado”, conservado ou protegido. Para além disso e, porque o Fado vive em permanente evolução, já não é hoje o que foi há 100 ou 50 anos, nem será daqui por 10, aquilo que é hoje! Apesar disso e graças à acção adulteradora dos embaixadores do Sr. Santana Lopes, Carlos do Carmo e Mariza, deixaram que o Fado evoluísse até à desgraça de não ser hoje identificável nem definivel com a certeza de se poder dizer «O Fado é isto ou é aquilo»!

Assim, e pelo vandalismo cultural destes embaixadores e outros, acho que: Fado é só a história triste do próprio Fado!

Como irá a UNESCO com toda a sua boa vontade e saber determinar que Fado é o que faz o Carlos do Carmo com a Sinfonieta e Mariza com os seus tambores e trompetes e não aquilo que fez e cantou Alfredo Marceneiro? Como é que a UNESCO vai explicar aos “Amálida Hoje”, aos “Deolinda”, aos “Naifa”, aos “O’questrada”, ao Luis Represas, ao João Gil, ao Caetano Veloso, ao Xico Buarque, à Linda Downs, ao Poveda, aos “S. João da Buraca”, ao Ivan Lins (que afirmou publicamente que vinha para Portugal fazer fado “bom”, sem saber que esta afirmação, só por si, quer dizer que o nosso Fado a propor à UNESCO não presta) que nenhum deles é fadista e muito menos do Fado? Como é que a UNESCO vai perceber que o filme “Fados” (Saurganhada) de Carlos Saura (feito com o dinheiro sacado ao Povo) nada tem a ver com Fado? Como é que a UNESCO fará para identificar e proteger um Património que cada um suja, intruja, manipula, desfigura, esfarrapa, compra e vende sem escrúpulos a seu belo prazer? Como é que a UNESCO vai fazer para manter o Fado na sua verdadeira essência (qual Fado? Qual essência?) e em devido estado de conservação para o mostrar agora INTACTO às novas gerações e daqui a 50 anos às gerações vindoras, conforme o fará com a Muralha da China ou com o Douro Vinhateiro?

De todos estes “Fados e fadistas” e “Grupos fadistas” citados que resultam da desfiguração infringida ao Fado por Carlos do Carmo e Mariza e que são a sua única e execrável “obra fadista” a UNESCO vai querer saber onde estará esse Fado que, como Camões, morou em Lisboa, foi pobre, herói, criminoso e malfadado que se prostituiu, que sonhou, tocou, cantou e versejou nas Caravelas portuguesas que bailaram nas ondas de todos os oceanos e que como Camões encharcou de lágrimas, o pão da injustiça da saudade e da fome; esse Fado que pegou toiros, que foi cavaleiro, que foi toureiro, que foi poeta, que foi lusitano, que foi pescador, que foi marinheiro, que tocava guitarra e que mostrou ao Mundo ¾ da Terra! Deste Fado, que é dos fadistas por ser português e único sobre a Terra ninguém fala nem quer ouvir falar! Tudo isto, porque este Fado vive da palavra, não vive da sinfonieta, dos contra-baixos, dos pianos nem dos trompetes; este, não é o “Homem na Cidade”; este, não dá muito jeito para fazer “Fraka Sinatrisse”, nem precisa cá de nenhum Brel, de nenhum Bécaud e muito menos dos Brasileiros! Este, é o único Fado na Terra, com história, com raça, com nacionalidade, com tradições, com Pátria! Este, é o Fado que Nossa Senhora do Fado espalhou pelo Mundo! No meio deste lamaçal de conveniências, pejado de vendilhões da Pátria sem escrúpulos, a UNESCO vai querer saber qual é finalmente o Fado que deve eleger ou não a Património da Humanidade!

Mas isto, nem a UNESCO vai conseguir saber!

Todos sabemos que no Fado, pelos motivos apontados e que graças à “fadistofobia” dos embaixadores do Sr. Santanta Lopes, há hoje em Portugal mais correntes “fadistas” do que correntes de ar; assim, obrigatoriamente a UNESCO vai ter de bater com a porta, da mesma maneira que já bateu para o Tango, só porque estavam em jogo dois tangos: o tradicional e o tango do Sr. Piazola! Com o Flamenco aconteceu a mesma coisa porque também estavam em jogo dois Flamencos: o tradicional e o do Sr. Paco de Lucia! Ora, a UNESCO tem mais que fazer do que perder tempo com estes vendilhões; por isso, os Workshops de Fado, o pretenciosismo das visitas cantadas, os “concertos” de Carlos do Carmo ridicularizados pelo seu comportamento intelectual e pela pesporrência académica do Dr. Vieira Nery e os cruzeiros a Marrocos na ânsia de encontrar D. Sebastião para lhes explicar o inexplicável, porque eles cantam um fado e propõem outro, não são mais do que manobras para que os fadistas e o Povo em geral, se esqueçam da trafulhice do Prémio Goya, dos dois milhões, duzentos e cinquenta mil euros já sacados à Câmara Municipal de Lisboa para comprar 8.000 discos de Fado, dos quais 4.000 são repetidos (cujos discos ninguém quer ver nem ouvir) e do filme “Fados” (Saurganhada) mentirosamente feito em nome dessa famigerada e impossível Candidatura do Fado a Património da Humanidade! A pesquisa académica sobre Fado foi feita por estes vendilhões da Pátria (a que chamo trafulhas) já dura há 5 anos! Em menos de metade deste tempo, fizeram-se 10 Estádios de Futebol em Portugal! Ainda bem que Camões não foi proposto à UNESCO; porque deste, como ainda não sabem de que olho era cego, a pesquisa seria INFINITA!

 

Palavras da Salvação

A Bem da Nação Fadista

Fernando Zeloso

 

 

 

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