Este é o primeiro disco que gravei para a Estúdio em 1992
Fui homenageado com um post sobre a minha actividade no Fado e um video-clip em que canto o tema Bairros de Lisboa com letra de Carlos Conde e música do Fado Pagem de Alfredo Marceneiro.
É autora do blogue a minha querida amiga Ofélia, quem gosta de Fado não deve deixar de o visitar, pois é construido por alguém que sabe muito de Fado, e embora não cante, é uma grande fadista de alma e coração.
Obrigado Ofélia
http://fadistascomoeusou.blogspot.com/
veja também da mesma autora
http://olhai-lisboa.blogspot.com/
O Fado Cravo, cuja música foi composta por Alfredo Marceneiro para um poema de Fernando Teles com o mesmo título, que infelizmente não possuo gravação pelo próprio, embora o cantasse bastante nos retiros e espectáculos, mas com maior assiduidade nas festas dos Santos Populares.
Trata-se de um Fado para versos em sextilhas. Mais tarde o Dr. Guilherme Pereira da Rosa escreve o poema "A Viela", para o repertório de Marceneiro, e este em boa hora decide cantá-lo e gravá-lo nesta música, e assim a mesma passa também a ser conhecida também pelo Fado da Viela.
Esta música é considerada por muitos musicólogos a maior obra musical de Alfredo Marceneiro.
Há pouco tempo recuperei com a ajuda do meu amigo Fernando Batista do Porto, um EP que eu gravei em 1973. para os Discos Estúdio este e outos temas, mas neste caso decedi gravar com a música da Marcha de Alfredo de Marceneiro, neste disco sou acompanhado na guitarra portuguesa por António Chaínho e na Viola José Maria Nóbrega
Vítor Duarte Marceneiro
Canta: Fado Cravo
Letra de Fernando Teles
Música de Alfredo Marceneiro
" FADO CRAVO"
Foi em noite de luar
Na noite de São João
Que eu te vi, óh! minha amada
No baile foste meu par
E dei-te o meu coração
Foste minha namorada
Andámos na roda os dois
E saltamos á fogueira
Meu peito era uma brasa
Findou o baile e depois
Foste minha companheira
Levei-te p´ra minha casa
Nessa madrugada santa
Por meu mal me deste um cravo
No lado esquerdo o guardei
Minha paixão era tanta
Fui do teu capricho escravo
Eterno amor te jurei
Foram dias decorrendo
Semanas, um ano feito
De amor eu tinha a fragrância
Mas o cravo murchecendo
Revelava que o teu peito
Não tinha a mesma constância
Numa noite, ao conhecer
Mentira no teu amor
De raiva desfiz o cravo
Não mais quis por ti sofrer
Deitei fora a murcha flor
Deixei de ser teu escravo